O cabo Benevenuto Daciolo, do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, foi preso por volta das 22h50 de quarta-feira no aeroporto Tom Jobim, na Ilha do Governador (zona norte do Rio). O militar voltava da Bahia, onde apoiava a paralisação dos policiais militares, e é acusado de cometer crime militar.

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Após o "Jornal Nacional", da TV Globo, divulgar conversas telefônicas em que o cabo falava sobre o movimento na Bahia e a pretensão de estendê-lo para o Estado do Rio, o secretário estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros fluminense, coronel Sérgio Simões, pediu à Justiça Militar a prisão preventiva do cabo pelo crime de incitamento, previsto no art. 155 do Código Penal Militar ("incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar"). A pena prevista é de prisão de 2 a 4 anos.

Enquanto a Justiça Militar não se manifesta, foi determinada a prisão administrativa do bombeiro, pelo prazo de 72 horas. Segundo a mulher do bombeiro, Cristiane Daciolo, o cabo foi preso ao desembarcar do avião que vinha da Bahia e levado para o Quartel Central dos bombeiros, no centro do Rio. Também na noite de ontem, o governador Sérgio Cabral (PMDB) encaminhou carta ao governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), solicitando cópias das gravações em que o bombeiro ou qualquer outro servidor público do Rio tenha sido flagrado.

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"A fim de que eu possa tomar as providências cabíveis para a manutenção da ordem pública no Estado do Rio de Janeiro, solicito que me sejam enviadas cópias de todas as gravações que tenham tido como interlocutor o bombeiro militar acima referido ou qualquer outro servidor do Estado do Rio de Janeiro. Agradeço desde já a colaboração do estado da Bahia na manutenção da ordem pública no estado do Rio de Janeiro", afirma a mensagem encaminhada por Cabral ao colega baiano.

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