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Rio de Janeiro – O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pediu que as Forças Armadas colaborem com o aumento do policiamento nas ruas do Rio. Ele lembrou que o estado é o que concentra o maior efetivo das três armas no país e considerou que elas podem fazer esse trabalho no entorno de suas unidades sem maiores dificuldades. Para isso, o governador está agendando uma reunião com os comandantes militares que deve ser realizada até o fim desta semana.

"As Forças Armadas têm uma presença muito significativa em contingente no Rio. Elas estão presentes em várias regiões. Em qualquer área que atravesse, você vai se deparar com uma unidade da Marinha, da Aeronáutica ou do Exército. O que vou solicitar na reunião é que essa presença seja extramuros, na redondeza de cada unidade. Creio que é um trabalho que elas podem fazer sem maior desgaste de deslocamento e ao mesmo tempo um trabalho que em muito reforça a presença do policiamento nas ruas", afirmou.

Cabral também contou esperar que a Força Nacional de Segurança (FNS) esteja no estado antes do carnaval. A vinda da tropa ainda seria definida em reunião entre o governador; o novo secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame; o secretário Nacional de Segurança, Luiz Fernando Corrêa, e outras autoridades ligadas à segurança pública do estado.

Segundo o secretário Beltrame, a reunião com Corrêa será fundamental para decidir como será a atuação da FNS no estado. Ele destacou que a força é formada por agentes de grupamentos táticos que devem ter uma missão específica para cumprir.

"O problema da segurança no Rio é cultural, histórico e complexo e não será uma decisão mágica, atirada ao vento, que vai resolver", disse Beltrame.

Já o novo comandante da PM, coronel Ubiratan Ângelo, recebeu com otimismo a convocação da FNS. Para ele, longe de significar o enfraquecimento da corporação, a chegada da força mostra o prestígio dela, já que a PM fluminense é que foi responsável pelo seu treinamento.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dizer ontem que fará o que for preciso para ajudar os governos do Rio e de São Paulo a enfrentar a violência. O presidente disse que, se for o caso, trabalhará para mudar a legislação para aprimorar a punição dos culpados. Na segunda-feira, em discurso no parlatório do Palácio do Planalto, Lula classificou de terrorismo os ataques a ônibus e delegacias no Rio na semana passada.

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