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O governador Sérgio Cabral disse nesta segunda-feira (17) que sugeriu ao governo federal que 100% das moradias do programa "Minha Casa, Minha Vida", na Região Serrana do Rio, sejam destinadas às famílias que moram em áreas de risco.

"Antes, esse programa era feito da seguinte forma: 50% do cadastramento das famílias era feito pelo município em questão, e os outros 50% eram através de sorteio. Nas cidades atingidas pelas chuvas, 100% das moradias seriam destinadas à pessoas que moram em áreas perigosas", disse o governador.

Cabral participa da 2ª Conferencia Mundial sobre Justiça Constitucional. O vice-presidente da República, Michel Temer, também está presente no evento e participou de uma reunião com o governador e o prefeito da cidade do Rio, Eduardo Paes.

O vice-presidente disse que achaou a sugestão de Cabral "mais que razoável". "Acho a sugestão do Cabral mais que razoável. O município que há de saber o que é mais conveniente. Não pode ser por sorteio. Transmiti esta sugestão à Dilma [Rousseff, presidente da República] e uma reunião está acontecendo neste momento e isso deve ser discutido."

O número de mortos pelas chuvas que começaram na última terça-feira (11) na Região Serrana do Rio já passa de 600.

Cabral disse ainda que dos R$ 500 milhões cedidos pelo governo federal para contenções de encostas em todo o país, R$ 160 milhões serão destinados ao Rio de Janeiro. No entanto, não há previsão para essa quantia ser liberada. Segundo Cabral, esse valor faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2).

Recursos para a região serranaO governador disse ainda que as verbas para os municípios atingidos pelas chuvas já estão sendo usadas. "As verbas estão saindo. Bombeiros, equipamentos, medicamentos, tudo isso é dinheiro. Mais de uma centena de máquinas estão fazendo a limpeza das cidades, o que é muito importante", disse ele.

Cabral disse ainda que R$ 30 milhões serão destinados às cidades atingidas para comprar medicamentos e o necessário para a saúde. Segundo ele, todo esse dinheiro disponibilizado será monitorado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

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