Cachorro curitibano participa de curso “profissionalizante”

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Aos dois anos de idade, Buddy, que trabalha na Polícia Militar do Paraná, embarca hoje para o Rio de Janeiro, onde vai realizar um curso "profissionalizante" durante o mês de outubro. Ele foi escolhido entre 200 companheiros de trabalho que atuam em atividades de patrulhamento em todo o Paraná. Ao contrário do que pode parecer, Buddy não é nenhum policial precoce, mas sim um pastor alemão que vive no canil da Polícia Militar, em Curitiba, junto com outros seis cães de faro. Ele e seu adestrador, o cabo Jaime Domingos de Paula, vão participar do curso de capacitação para faro de explosivos, promovido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

Até o dia 28 de outubro, 40 policiais militares, civis, rodoviários federais, do Exército e da Aeronáutica serão capacitados por instrutores canadenses e norte-americanos. No mês passado, outro cão do Paraná, a pastor alemão Isi, participou do treinamento específico para faro de narcóticos, que foi realizado em Santa Catarina e formou 31 cães.

Realizado em parceria com a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, o treinamento faz parte de uma política nacional de segurança pública que prevê a utilização de cães em atividades específicas de policiamento. Foram selecionados cães de todo o Brasil, que devem trabalhar na segurança dos Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro em 2007.

Segundo Domingos, o sexo e a raça do animal não são fatores decisivos para a capacidade de atuar como farejador. "O que é fundamental é o perfil do cão, analisamos se ele é capaz de se adaptar em pisos vazados, se lida bem com altura, se tem interesse por brinquedos e se seu instinto de caça é apurado", conta Domingos. O cão pode começar a ser treinado com apenas sete semanas de vida. A princípio são feitas somente brincadeiras. Numa segunda etapa, os odores que deverão ser identificados pelo animal são inseridos nos brinquedos. Segundo Domingos, um cão farejador tem uma carreira média de 6 a 7 anos.