O cacique Valdir José Kokoj dos Santos e outros cinco indígenas da reserva de Mangueirinha, no Sudoeste do Paraná, foram presos na manhã de ontem, durante a operação Forte Apache, da Polícia Federal (PF), com apoio da Polícia Militar. Cinco espingardas, três revólveres e 46 munições de diferentes calibres foram apreendidos nas casas dos acusados. À tarde, Santos foi solto após pagar fiança de R$ 7 mil. A operação levou 100 policiais federais e 75 policiais militares à reserva, que é a segunda maior do estado. Um helicóptero da PM deu suporte à operação.
O delegado da PF em Guarapuava, Maurício Todeschini, conta que a operação foi organizada após a Justiça Federal em Pato Branco ter expedido 27 mandados de busca e apreensão nas casas e veículos da reserva. A investigação começou com denúncias enviadas ao Ministério Público Federal de que as lideranças indígenas estariam armadas para exercer o controle sobre a reserva.
Ele conta que os índios não reagiram à prisão. O grupo foi ouvido na delegacia da Polícia Civil de Pato Branco, mas o inquérito vai tramitar na PF em Guarapuava.
Embora sejam acusados por ameaça e maus-tratos, as prisões foram feitas pelo flagrante do posse de arma, que é um crime afiançável, explicou Todeschini.
Fracasso eleitoral
Candidato a vereador nas eleições deste ano, o cacique recebeu 241 votos e ficou como suplente pelo PSDB. O delegado confirmou que parte das denúncias de ameaças está relacionada ao fato de ele não ter sido eleito.
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