Presos no telhado da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta| Foto: Andressa Anholete/AFP

A administração da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na região metropolitana de Natal, registrou um princípio de tumulto na noite deste domingo (15). A unidade é a mesma em que 26 foram mortos durante uma rebelião no sábado (14).

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Nesta segunda (16), os presos continuavam em cima do telhado da cadeia, como aconteceu no sábado. Com pedaços de pau, eles caminham livremente e gritam com ameaças.

De acordo com o vice-diretor da penitenciária, Jociélio Barbosa, presos do pavilhão 1, ligados à facção Sindicato do Crime do RN (SDC), subiram no telhado e ameaçavam os detentos do pavilhão 5, vinculados ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

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Presídios federais estão quase no limite adequado de ocupação

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“Os agentes agiram e conseguiram conter o tumulto”, afirmou Barbosa.

O secretario de Justiça e Cidadania, Wallber Virgolino, afirmou, em entrevista coletiva neste domingo, que os presos das organizações criminosas rivais estão separados dentro da penitenciária a uma distância segura e que a guarda da unidade realiza um trabalho contínuo para evitar o contato entre eles.

Duas unidades com tumulto no RN

Além do novo motim em Nísia Floresta, detentos do Presídio Provisório Raimundo Nonato, chamado de Cadeia Pública de Natal, rebelaram-se na madrugada desta segunda-feira (16). O tumulto teria sido em retaliação às mortes na Penitenciária Estadual de Alcaçuz.

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Segundo o diretor da unidade, Alxsandro Coutinho, a agitação dos presos começou por volta das 3h, mas já foi controlada. Superlotado, o presídio abriga 550 detentos, mas a capacidade é para 166 presos.

Massacre

A unidade foi palco no fim de semana do maior massacre do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte. Vinte e seis homens foram mortos, todos da facção local Sindicato do Crime do RN. Desde então, aumentou a tensão em todos os estabelecimentos penais do estado.

A disputa entre as organizações criminosas é preocupação das autoridades locais. Entre os mortos, havia corpos carbonizados e decapitados.