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Minipresídio tem o triplo da capacidade: 535 presos | Josué Teixeira/Gazeta do Povo
Minipresídio tem o triplo da capacidade: 535 presos| Foto: Josué Teixeira/Gazeta do Povo

O minipresídio Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa (Campos Gerais), está proibido de receber presos desde a noite da última segunda-feira. A superlotação da unidade motivou a interdição total, determinada pelo juiz da Vara de Execuções Penais do município, Antônio Acir Hrycyna. A cadeia tem 535 presos, mas a capacidade é para apenas 172. A sentença determinou uma multa diária de R$ 30 mil à delegada-chefe da 13.ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, Valéria Padovani, caso a decisão seja descumprida.

"Não vamos deixar de efetuar prisões, mas não vamos colocar mais ninguém no Hildebrando. Caberá ao juiz que analisar determinada prisão definir para qual outra unidade o preso será levado", diz a delegada. Cento e onze dos 200 detentos do minipresídio já condenados podem ser transferidos para penitenciárias, mas ainda não há uma definição sobre quando isso vai ocorrer e para quais unidades eles serão encaminhados. Na noite da última segunda-feira chegou a haver um princípio de rebelião entre os presos. O Hildebrando já estava parcialmente interditado desde maio de 2011, quando havia 536 presos na unidade.

Outras cidades

Em Sarandi, no Norte do estado, a cadeia pública está interditada desde 2008 pela Justiça local devido ao excesso de presos. São 148 pessoas ocupando um espaço projetado para abrigar 50. No pico de superlotação, a unidade chegou a ter mais de 200 presos. "Apesar da interdição, nós nunca paramos de receber presos. Houve algumas transferências, mas sempre foram de grupos pequenos", afirma o chefe de carceragem da cadeia, Rodrigo Biff. No começo de 2012, cerca de 20 presos foram diagnosticados com tuberculose. Segundo ele, todos foram tratados e se recuperaram.

Já em Foz do Iguaçu, no Oeste, o problema da superlotação foi resolvido com a ampliação do número de vagas. Quando a Cadeia Pública Laudemir Neves tinha capacidade para apenas 152 presos, chegou a abrigar 325, o que motivou a interdição da unidade em agosto de 2010. Depois da ampliação, concluída em maio deste ano, a cadeia passou a contar com 628 vagas, sendo 380 masculinas e 248 femininas, segundo o chefe de segurança da unidade, Marcos Lopes.

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