Na madrugada de segunda-feira, uma cena chamou a atenção no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Após passar o fim de semana na cidade, a executiva do ramo de cosméticos Katya Hemelrijk da Silva, 38 anos, teve de se arrastar (foto) para conseguir embarcar para São Paulo em uma aeronave da companhia Gol.
Katya, que tem osteogênese imperfeita (doença genética rara conhecida como "síndrome dos ossos de cristal"), precisava de um equipamento especial para embarcar com segurança, mas que não estava disponível.
Após tentar, sem sucesso, obter o "Ambulift" com outras empresas, a Gol deu a ela a opção de esperar quatro horas até que um equipamento de auxílio estivesse pronto para uso. Passageiros também se ofereceram para levá-la no colo. Com medo de se machucar, a executiva preferiu se arrastar até a entrada do avião.
Em seu perfil no Facebook, Katya disse que não pretende processar a Gol, mas espera que o fato sirva de alerta para melhorias no setor. "Não tenho a mínima intenção em processar ou fazer nenhum tipo de sensacionalismo com a situação. Minha intenção é aproveitar o ocorrido para tentar ajudá-los a se estruturar melhor frente às adversidades que podem aparecer em qualquer momento. O que eu quero é que as pessoas tenham uma consciência e conhecimento maior sobre como lidar com pessoas com necessidades especiais."
Em comunicado, a Gol disse que o equipamento usado para levar deficientes físicos ao interior da aeronave não estava disponível no momento do embarque. A companhia lamentou o ocorrido e disse que tomará as medidas necessárias para que casos como esse não voltem a ocorrer.
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