Cães viram casos de polícia na RMC

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Dois cães, o vira-latas Toty, de 13 anos, e a bassê Nina, de um ano, foram pivôs de duas histórias policiais nos últimos dias, em Curitiba e região metropolitana (RMC). O caso de Toty acabou, ontem, no 8.º Distrito Policial, na capital. Um aposentado, de 60 anos, registrou queixa na polícia alegando que estava sendo extorquido pela ex-mulher para ter o direito de ficar com a "guarda" do cachorro.

As discussões do casal, separado há 4 meses, eram constantes. O aposentado pagava, mensalmente, uma pensão à ex-mulher para as despesas com o cachorro. Há alguns dias, ela deu a notícia de que Toty tinha sido roubado. Sem saber o que fazer, o homem colocou anúncios em rádios oferecendo recompensa de R$ 500 para quem levasse o dono ao seu cachorro. Uma pessoa informou que viu o animal na casa da ex-esposa, no bairro Xaxim. Foi quando a suposta extorsão iniciou.

A mulher foi levada à delegacia e, depois de um acordo, entregou Toty ao aposentado. "Foi um fato pitoresco. Não ficou comprovada a extorsão", afirma o escrivão do 8.º DP, Nemir Cristóvão. Nomes e valores não foram divulgados pelos investigadores.

Seqüestro

Já a cadela Nina, da advogada Mariana Franco Cruz, foi vítima de um suposto seqüestro. Desaparecida no último domingo, de uma chácara em Campo Magro, na região metropolitana, seu paradeiro foi descoberto na manhã da última segunda-feira. A família de Mariana recebeu uma ligação três horas após ter espalhado cartazes para os colonos da região com a foto de Nina oferecendo R$ 150 a quem tivesse encontrado a cachorra.

Mariana foi ao encontro do homem. No entanto, ele exigiu o pagamento de R$ 200 para devolver a cadela. Como a advogada negou a pagar esse valor, o colono ameaçou queimar o animal vivo. Nina conseguiu "escapar" de uma caixa e foi para os braços dos donos, que fugiram. Os R$ 150 foram deixados com o homem, que saiu correndo atrás do carro da família com uma foice. "A nossa dúvida é se ele já pegou a cachorra com esta intenção (de pedir resgate)", afirma a dona, que não prestou queixa na polícia. (JO)