A cúpula da Polícia Rodoviária Federal no Rio foi afastada preventivamente ontem sob suspeita de participar de um esquema de liberação de automóveis em situação irregular e de uso de cargo público para fins eleitorais. Os indícios dos crimes surgiram a partir de uma investigação da Polícia Federal juntamente com o Ministério Público Federal no Rio.
O chefe substituto de policiamento de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, Marcelo Lessa, terceiro na hierarquia da instituição, candidato a deputado federal pelo PR (Partido da República) e, segundo a Promotoria, líder da quadrilha, teve a prisão preventiva decretada e está foragido.
Um assessor de Lessa, Antônio Márcio Rodrigues, e o chefe do posto da PRF na Pavuna, zona norte, Erly Simões, foram presos ontem pela Polícia Civil sob orientação da Procuradoria, o que causou um mal-estar na PF, pois isso teria alertado Lessa para a operação e, assim, permitido sua fuga.
Carlos Hamilton Fernandes Pinheiro, superintendente da PRF; Eugênio Nemirovsky, chefe de policiamento de fiscalização da PRF; e Cristiano Morais da Silva, corregedor regional da PRF, foram afastados de seus cargos, assim como dois inspetores da delegacia da área.
Acusações
De acordo com os dados da Promotoria, veículos apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal na via Dutra eram irregularmente liberados no posto da Pavuna, mediante pagamento de propina. A Promotoria afirma ainda, em sua acusação, que Lessa atuava sobre empresas de ônibus, usando as frotas para atividades beneficentes e com fins eleitorais.
Ele também usaria veículos da PRF para propaganda de sua empresa e para promoção pessoal. A Justiça aceitou as denúncias do Ministério Público Federal no Rio contra dez pessoas suspeitas de envolvimento no esquema.
Entre elas, está a esposa de Lessa, Camilla Fernanda Silva Lessa, denunciada por ter atuado como uma "laranja do marido.
Lessa é acusado de falsidade ideológica, formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa e concussão. Pela internet ele postou mensagem alegando ser vítima de perseguição. O inspetor Simões, o assessor Matos e os policiais rodoviários Sidney Reis da Silva e Carla Alves Pereira responderão por formação de quadrilha e corrupção.
Os três membros da cúpula da PRF são acusados de prevaricação e formação de quadrilha, por terem deixado de punir Lessa diante da promessa do candidato de, se eleito deputado federal, lotear as delegacias da PRF no Rio com amigos. Segundo a assessoria da Polícia Rodoviária, nenhum dos envolvidos foi encontrado para se manifestar sobre o caso.
O gerente da empresa que emprestava ônibus para Lessa em troca de que seus veículos não fossem fiscalizados foi denunciado por formação de quadrilha.
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