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Criança desnutrida em campo de refugiados na Índia: Ásia e África  precisam avançar mais no combate à fome | Anindito Mukherjee/Reuters
Criança desnutrida em campo de refugiados na Índia: Ásia e África precisam avançar mais no combate à fome| Foto: Anindito Mukherjee/Reuters

O número de pessoas que passam fome no mundo caiu em mais de 100 milhões na última década, mas ainda há 805 milhões (um em cada nove habitantes do planeta), que não têm alimentos suficientes. Essas são as conclusões recolhidas no relatório sobre o estado da insegurança alimentícia no mundo publicado ontem pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), e outros dois organismos da ONU: o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA).

O documento assinala que essa redução da fome nos países em desenvolvimento implica que o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) de diminuir à metade o número de pessoas desnutridas em 2015 pode ser alcançado "se os esforços forem intensificados". Até o momento, 63 países em desenvolvimento alcançaram o objetivo, entre eles o Brasil, e outros seis estão a caminho de consegui-lo em 2015. "Isso prova que podemos ganhar a guerra contra a fome e devemos inspirar os países a seguir adiante, com a assistência da comunidade internacional se for necessário", afirmam o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, o presidente do FIDA, Kanayo F. Nwanze, e a diretora-executiva do PMA, Ertharin Cousin.

Acesso

Além disso, o relatório explica que "o acesso aos alimentos melhorou significativamente em países que experimentaram um progresso econômico, especialmente em zonas do leste e do sudeste da Ásia". O acesso à comida também aumentou em lugares do sul da Ásia e da América Latina, mas sobretudo em países que dispõem de redes de segurança e outras formas de proteção social, incluídas também as pessoas que sofrem com a pobreza no campo. A América Latina e o Caribe alcançaram importantes avanços ao aumentar a segurança alimentar. No entanto, áreas da Ásia e da África Subsaariana ainda precisam de ações mais concretas para combater o problema.

As organizações destacam que a insegurança alimentícia e a desnutrição são problemas complexos que devem ser resolvidos de maneira coordenada e pedem aos governos para trabalhar em estreita colaboração com o setor privado e a sociedade civil. O documento insiste que "a erradicação da fome requer o estabelecimento de um entorno propício e um enfoque integrado", que inclua investimentos privados e públicos para aumentar a produtividade agrícola, o acesso à terra, aos serviços, às tecnologias e aos mercados.

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