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Nos últimos cinco anos, os partos de meninas de 10 a 19 anos, feitos pelo SUS, caíram 22,4%. Só de 2008 para 2009, a queda foi de 8,9%. No ano passado foram mais de 400 mil partos de crianças e adolescentes em todo o país só na rede pública. Em cinco anos, houve uma redução de 22% nesse número.

Foi na Região Nordeste que mais caiu o número de partos de meninas e adolescentes nos últimos cinco anos, uma queda de 26%.

Mesmo com essa queda, o atual número de partos na faixa etária dos 10 aos 19 anos de idade continua alto demais. Muito ainda precisa ser feito.

Mãe aos 19 anos, uma gravidez não programada. Uma vida completamente diferente depois que o bebê chegou. "É muito bom mas não é a hora", diz a estudante Nathália Solino.

Casos como o de Natália não são poucos, mas as estatísticas começaram a mudar no Brasil. Os jovens hoje têm mais acesso à informação e aos métodos anticoncepcionais, o que explica a mudança, na avaliação do Ministério da Saúde. Mas ainda não dá para comemorar.

"A informação está aí, o adolescente sabe e por que não usa? Por que ainda há situações de gravidez, de doenças sexualmente transmissíveis?", pergunta a coordenadora de saúde de adolescentes e jovens do Ministério da Saúde Thereza de Lamare.

A gravidez na adolescência também pode trazer riscos para a saúde da mãe e do filho. Quanto mais jovem a grávida, maior a chance de ter hipertensão e um parto prematuro.

A ginecologista Valéria Gonçalves lembra que o corpo da adolescente pode ainda não estar pronto para ter um filho: "Nessa idade, a maturidade dos órgãos, principalmente a bacia dessa paciente, não está totalmente preparada para a formação de um canal de parto".

Com Nathália deu tudo certo. "Meu filho é uma benção na minha vida. É tudo. Mas te limita muito, então você vive em função dele", comenta a estudante Nathália Solino.

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