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O sigilo sobre a investigação policial que apura a responsabilidade por mortes ocorridas na UTI do Hospital Evangélico, de Curitiba, caiu na noite desta segunda-feira (25) por determinação da Vara de Inquéritos Policiais. A solicitação havia sido feita, segundo a Polícia Civil, pela própria delegada que investiga o caso: Paula Brisola.

As investigações, entre outras coisas, levaram à prisão da cinco pessoas (quatro médicos e uma enfermeira), entre elas a médica Virgínia Helena Soares de Souza, sob suspeita de terem causado a morte de pacientes no Hospital Universitário Evangélico. Todos negam as acusações.

Segundo a assessoria da Polícia Civil, o Núcleo de Repressão aos Crimes contra a Saúde (Nucrisa) somente dará mais detalhes da investigação depois de comunicar oficialmente a todos os familiares de pessoas que morreram na UTI do Evangélico de que estas mortes estão sob investigação. Ainda de acordo com a Polícia Civil, além de pedir a prisão de cinco suspeitos que atuavam na UTI, a delegada Paula Brisola também requisitou à Justiça a mudança no regime de prisão de Virgínia de Souza de temporária para preventiva.

Por causa do segredo de Justiça, até então, nem a polícia nem os advogados de defesa podiam divulgar informações detalhadas sobre o caso, como os fatos que embasaram a prisão dos profissionais do hospital.

Hoje à tarde, diretores do Hospital Evangélico defenderam, em entrevista à imprensa, o sigilo das investigações, que já duram cerca de um ano. O hospital criticou ainda o modo como as investigações estão sendo conduzidas.

Para o advogado Glaucio Antonio Pereira, que representa o hospital, o segredo sobre o inquérito seria necessário para "não provocar um pânico social" e "assegurar a tranquilidade das pessoas".

Defesa

De acordo com o advogado de defesa da médica Virgínia Soares de Souza, Elias Mattar Assad, o sigilo sobre as investigações no Hospital Evangélico perdurariam até que a prisão do último dos acusados pelas mortes na UTI fosse efetivada. Nesta segunda-feira, uma enfermeira que estava foragida se apresentou às autoridades policiais. O próprio despacho do juiz que havia decretado as prisões, segundo Assad, já previa o fim do tal sigilo. "Apenas o prontuário médico [coletado na UTI do Evangélico e que integra o inquérito] não deve ser liberado]", explicou.

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