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A Caixa Econômica Federal, o maior parceiro da Cohapar nos projetos de habitação, não está preocupada com a forma escolhida pela empresa para aplicar recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) na produção de casas populares. Somente o último convênio firmado com a Cohapar, no fim do passado, repassou cerca de R$ 150 milhões para a construção de 11,5 mil moradias. " O que me importa é contratar o financiamento", informa Gueber Roberto Laux, gerente de habitação da Caixa.

Conforme Laux, o sistema de gestão comunitária, feito com associações de moradores, é uma opção da Cohapar. "Isso faz parte da sua autonomia. A parceria com as associações facilita a produção de moradias. Não sei como a empresa administra isso", diz. O dirigente informa que há uma resolução sobre o uso dos recursos do FGTS, a número 460, que permite se preocupar mais em gerar empregos e menos com a forma com que o dinheiro está sendo aplicado. "O objetivo é melhorar a qualidade de vida das pessoas", ressalta, lembrando que a decisão é do Conselho Curador do FGTS e não do banco. O gerente justifica que a Caixa avalia o preço de produção das unidades habitacionais. "Não vamos produzir uma casa cara", acrescenta Laux, para quem a Cohapar é a grande parceira do banco no estado, já que atua em 152 municípios.

Vale lembrar que os mutuários de baixa renda recebem subsídios do próprio FGTS. Por um imóvel que custa R$ 15 mil, paga-se no máximo 72 parcelas de 20% do salário mínimo, cerca de R$ 5 mil. A diferença de R$ 10 mil é bancada pelo fundo – dinheiro público usado para desenvolver políticas governamentais. A verba é administrada de maneira tripartite – por representantes do governo, dos trabalhadores (centrais) e empresários. O presidente do conselho é o ministro do Trabalho. O fundo já liberou R$ 1,3 bilhão para subsídio de programas habitacionais.

Em nota oficial, outro parceiro da Cohapar, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), informa que até o momento desconhece problemas na regularização da Vila Zumbi dos Palmares. O Paranacidade, em seus relatórios ao banco, informa a realização de reuniões semanais com a Associação Comunitária, que participa de decisões da condução do projeto.

Segundo o BID, "a avaliação de gastos e de processos de aquisição do Paraná Urbano é feita ex post, ou seja, anualmente são feitas análises dos procedimentos de aquisição dos comprovantes de gastos. Além disso, as contas do projeto são auditadas pelo Tribunal de Contas do Estado e, no caso do Paranacidade, também por uma empresa privada de auditoria. O projeto é avaliado também pelos especialistas do banco em missões de supervisão, periódicas".

A atuação da comunidade na Vila Zumbi é destaque. Lá dentro, há até uma fundação mantida pelo grupo Alphaville, mas a parceria com a Cohapar é manipulada pela diretoria do órgão. (JNB)

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