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A "lista flexível" – em que o eleitor, além de votar no partido, pode destacar o nome de um candidato de sua preferência – já tem apoios do DEM, do PT e de peemedebistas como Michel Temer (SP), Rita Camata (ES) e Ibsen Pinheiro (RS). Os ex-pefelistas tentam agora atrair o PSDB prometendo defender, no futuro, o voto distrital misto, modelo preferido por tucanos. No PT, o abandono oficial da lista fechada, sistema praticamente derrotado na Câmara em que o eleitor vota só na sigla, foi oficializado ontem à noite, após os rebeldes contrários à tese ameaçarem recorrer ao Diretório Nacional. O partido criou uma comissão para consolidar a proposta alternativa até a semana que vem, quando a reforma política volta ao plenário.

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Mão-de-gato – Há quem afirme que a direção petista não estaria tão empenhada em encontrar um jeito de salvar a proposta do voto em lista se o governo não estivesse se movimentando em favor da mesma mudança, embora prefira não demonstrá-lo. Consulta – Na barafunda de propostas sobre reforma política em debate na Câmara, um grupo de governistas comandado por Miro Teixeira (PDT-RJ) passou a sugerir a realização de plebiscito em outubro para que o eleitor escolha como quer votar para deputado. Trata-se de idéia que José Dirceu já havia defendido. Hard core – Do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), sobre o irmão de Lula: "Conheço Vavá e não há lobby possível de ser feito por ele. Veja a sua vida. Só se fosse lobby para promover a miséria de sua existência". Boca-de-siri – Depois da entrevista em que lançou a tese da "ingenuidade" de Vavá, o advogado Nelson Afonso passou ser mais comedido. Agora diz que a base da defesa da suspeita de tráfico de influência levantada pela PF não será a do "inocente útil". Ao vivo – No período que Afonso passou em Campo Grande analisando os autos do inquérito da Operação Xeque-Mate, as conversas telefônicas com Vavá foram todas breves. O advogado terá hoje, em São Paulo, seu segundo tête-a-tête com o irmão de Lula.Bola cantada – A alegada surpresa de Lula com as atividades clandestinas do compadre Dario Morelli não é compartilhada por quem esteve no primeiro mandato. Um ex-ministro conta que já no início do governo cortou conversa com Morelli ao perceber que ele era "problema".

Cheguei – Na manhã de ontem, enquanto o Planalto não confirmava nem desmentia a posse de Mangabeira Unger na Secretaria Especial de Planejamento Estratégico, marcada para hoje, o professor de Harvard já inspecionava a piscina e a sala de ginástica do hotel Blue Tree, em Brasília, onde cogita fixar residência.

Dá que é meu – A trégua entre os goianos Demóstenes Torres (DEM) e Marconi Perillo (PSDB) não durou um dia. Sem acordo sobre quem leria o voto contra o arquivamento do caso Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética, vão redigir dois. Muro – Adversários do arquivamento defenderão discussão anterior dos votos em separado. Céticos quanto ao êxito da manobra, vão se abster de analisar o parecer do relator para não enfrentar Renan. W.O. – O difícil será achar senadores do DEM para acompanhar a saída honrosa bolada pela oposição. Heráclito Fortes (PI) e Aldemir Santana (DF) estão no exterior. Os suplentes Maria do Carmo (SE) e Jonas Pinheiro (MT) relutam em votar contra Renan.

TIROTEIO

* Do senador Heráclito Fortes (DEM-PI) sobre o "relaxa e goza" sugerido pela petista às vítimas dos infindáveis transtornos nos aeroportos.

– Não dá para entender este governo: o ministro Mares Guia passou quatro anos combatendo o turismo sexual; agora vem a ministra Marta Suplicy e parece querer estimulá-lo.

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