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Os alunos do terceiro ano do curso de enfermagem da Unioeste terão de ficar um ano a mais na universidade para conseguirem se formar. A falta de professores comprometeu o calendário da turma. O curso de cinco anos teve um acréscimo de um período, além de aulas nas férias.

A troca de horários e a reposição de aulas se tornaram rotina na vida dos estudantes. Davi Reis Lopes, 22 anos, por exemplo, trabalha à noite em um hospital de Foz do Iguaçu, por isso, é obrigado a perder aulas no período noturno. A mesma situação repete-se com alunos de cidades vizinhas, que às vezes não podem se deslocar a Foz para assistir às aulas dadas fora do horário normal.

Davi elogia a força de vontade e o preparo dos professores temporários, mas acredita que essa condição não é ideal porque barra os projetos de pesquisa e extensão. Um deles, o Projeto Micróbios, foi interrompido porque o contrato da professora responsável venceu. Com isso, alunos de escolas públicas deixaram de aprender sobre bactérias.

Apesar de ter o contrato temporário, alguns professores acabam desdobrando-se para colocar em prática pesquisa. "Nós não conseguimos ajudar a sociedade porque não há pesquisa e extensão", diz Davi.

Para o estudante, a falta de investimentos em cursos de saúde prejudica a cidade. "Foz é conhecida internacionalmente. É muita falta de bom senso a cidade ser tão precária em cursos de saúde. Deveria haver mais investimentos porque o Mercosul está aqui", defende Davi.

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