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Obra de Domicio Pedroso | Divulgação/Solar do Rosário
Obra de Domicio Pedroso| Foto: Divulgação/Solar do Rosário

Um calouro do curso de Engenharia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve a pele queimada depois de passar pelo trote violento nos primeiros dias de aula. O rapaz, que por medo de represálias preferiu não se identificar, ficou com manchas nas costas e nos braços.

Segundo reportagem do Paraná TV, que exibiu o caso na noite desta sexta-feira (16), o calouro levou um banho de óleo de cozinha e teve de ficar por quatro horas exposto ao Sol.

"A gente voltou para o campus no Centro e daí deram banho na gente para limpar toda a sujeira. Só aí a gente viu que tinham ficado as marcas assim do óleo quente na pele", disse o estudante. A mãe do rapaz, que também por medo pediu para não ter o nome revelado, espera que sejam tomadas providências. "Não poderiam ter jamais usado óleo de cozinha e ter colocado eles (calouros) num sol entre 10h e 14h da tarde", comentou.

De acordo com a assessora da Assuntos Estudantis da universidade, Rita de Cássia Lopes, os responsáveis pelo trote violento serão punidos e podem até ser expulsos. Este não foi o primeiro caso de exagero em trote na UFPR neste ano. A reitoria da universidade não deu detalhes, mas informou que um aluno, de 16 anos, chegou a ser internado com diagnóstico de intoxicação alcóolica depois de passar por um trote.

A própria reitoria confirma que nem sempre os casos que chegam até ela correspondem à realidade. Por medo de represálias durante os anos do curso, os estudantes preferem não denunciar. No site da instituição, há um formulário onde os alunos podem denunciar à ouvidoria da UFPR exageros em trotes com a garantia do anonimato.

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