| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A Câmara dos Vereadores de Curitiba aprovou na manhã desta segunda-feira (16), com 27 votos favoráveis, a lei que penaliza os fura-catracas. Apenas a parlamentar Professora Josete (PT) votou “não”. Dez vereadores se abstiveram. A votação foi acompanhada por motoristas, cobradores e membros da diretoria do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), entidade favorável ao projeto. A votação já havia sido adiada três vezes.

CARREGANDO :)

A proposição determina a aplicação de multa equivalente a 50 passagens aos “fura-catracas”. Pela tarifa vigente, o valor seria de R$ 185, dobrado em caso de reincidência. O texto define como invasor do transporte coletivo a pessoa que pula a catraca ou entra no ônibus pela lateral da plataforma da estação-tubo e pelas portas traseiras, destinadas ao desembarque. Caso o infrator tenha menos que 18 anos, o pagamento caberia a seus responsáveis.

Veja também
  • “Pula-catraca” gera prejuízo de R$ 4,5 milhões por ano às empresas de ônibus, afirma Setransp
  • Fura-catracas vão ter de pagar 50 tarifas, prevê projeto
  • Repasse de R$ 54 milhões à Prefeitura é aprovado em segundo turno
  • Ex-BBB Laércio é preso por estupro de vulnerável em Curitiba
Publicidade

Pesquisa

Uma pesquisa realizada pelo Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) estimou que os chamados “fura-catraca” geram um prejuízo de quase R$ 4,5 milhões por ano ao usarem o transporte público sem pagar pela passagem. Segundo o Setransp, quatro biarticulados poderiam ser comprados por ano ou um coletivo convencional por mês com esse recurso.

O estudo contou pessoas que furaram a catraca durante sete dias em março (entre dias 14 e 20). Ao todo, 3.830 invasores pularam as catracas em tubos e terminais da cidade nesses dias, um total de 26.820. O tubo campeão de invasões é o da Praça Carlos Gomes, sentido terminal do Boqueirão, com 250 incursões. A pesquisa foi feita com apoio dos cobradores que registraram cada uma das invasões no período em 45 mil horas, preenchendo 2,5 mil formulários, das 5h à 0h30.