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Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara de Vereadores de Londrina decidiu colher dados de postos da Cidade para comparar com os preços dos combustíveis em diferentes localidades do Paraná. Conforme reportagem publicada no Jornal de Londrina neste domingo, os preços dos combustíveis têm se elevado sem justificativa aparente e os postos da Cidade apresentam padronização nos valores, deixando o consumidor sem saída. "Recebemos várias reclamações sobre os preços e vemos que praticamente não há diferença de preços entre os postos de Londrina", explicou o vereador Jamil Janene (PL), presidente da comissão.

Além de Londrina, a comissão está colhendo dados sobre os preços do combustível em postos de Maringá, Cascavel, Curitiba e Ponta Grossa. De acordo com o vereador, em Campo Mourão, por exemplo, nesta segunda-feira o álcool era vendido a preços entre R$ 1,29 e R$ 1,35 no máximo, enquanto a gasolina estava perto de R$ 2,25. Em Londrina, os preços batem R$ 1,59 para o álcool e até R$ 2,49 para a gasolina. "A gente não vê uma discussão entre postos nem concorrência, nem promoções", atesta o presidente da comissão.

"Queremos ver se há algum problema com os donos de postos ou se é algo de cima para baixo, que vem das refinarias e distribuidoras", acrescentou o vereador, afirmando que "em Londrina não existe concorrência". Janene disse que toda vez que o Procon, Ministério Público e imprensa trazem o assunto à tona os preços costumam cair para, na seqüência, voltarem a subir.

Momento novo

Informado que o Procon e a Promotoria de Defesa do Consumidor não pretendem investigar o assunto novamente, Janene afirmou que espera contar com os dois órgãos para novamente abordar a questão. "É um novo momento e creio que deve ser investigado de qualquer maneira", afirmou, referindo-se aos processos criminais protocolados contra donos de postos e que se arrastam na Justiça sem resultados práticos para os consumidores. "O Procon tem que defender o consumidor e não podemos aceitar a situação da maneira como está hoje", apontou. Ainda nesta semana o vereador deve se reunir com o promotor Miguel Sogaiar, da Promotoria de Defesa do Consumidor, e com o coordenador do Procon em Londrina, Gérson da Silva. Ambos já afirmaram, porém, que nada podem fazer sobre a questão. "Temos que atuar juntos", insistiu Janene. Para o vereador, se a justificativa de que o assunto de combustíveis trata-se de uma atribuição exclusivamente federal, "então a Polícia Federal de Londrina deve abrir um inquérito com toda certeza". "É caso até de CPI", classificou. "Entendo que é complicado, mas temos que agir."

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