Após polêmica que teve início em 2005, a Câmara Municipal da capital paulista aprovou na terça-feira, em segunda e definitiva discussão, o projeto do vereador evangélico Carlos Apolinário (DEM) que cria o Dia do Orgulho Heterossexual em São Paulo.
A aprovação simbólica do projeto foi articulada pelos líderes e teve como objetivo evitar paralisia na votação de um pacote com mais de 70 projetos de parlamentares. A Assessoria de Imprensa da Prefeitura informou que "o prefeito Gilberto Kassab (sem partido) vai tomar conhecimento do projeto antes de fazer qualquer tipo de manifestação".
No fim do primeiro semestre, Apolinário obstruiu outras propostas de seus colegas em repúdio à bancada do PT, que rejeitava a votação do Dia Hétero. Na terça, na primeira sessão após o recesso de julho, o parlamentar, líder da Igreja Assembleia de Deus, ameaçava fazer a mesma obstrução, caso seu projeto não fosse votado.
Apolinário poderia, por exemplo, discutir cada projeto durante 30 minutos na tribuna. Para impedir isso, o líder da bancada petista, Ítalo Cardoso, não pediu votação nominal, o que permitiu que a proposta fosse aprovada em votação simbólica, mesmo com o voto contrário de 19 dos 39 vereadores que estavam no plenário.
O Dia Hétero havia sido aprovado em primeira discussão em 2007. Nos últimos quatro anos, causou polêmica toda vez que era levado para discussão em plenário. Muitas vezes, sessões extraordinárias com temas importantes em discussão foram derrubadas, por causa dos acalorados debates acerca do tema.
Apolinário, autor da proposta, negou estar incentivando a violência contra os homossexuais, como acusam os vereadores do PT. "O projeto é um protesto contra os privilégios dados aos gays." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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