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Brasília – Um dos principais argumentos dos parlamentares para justificar o aumento de seus subsídios, pela correção inflacionária, é que este é um direito de todo trabalhador. Mas é o status de parlamentar que lhes garante carros com motorista, auxílio moradia ou apartamento funcional e dezenas de assessores – para atender os celulares, trazer café, fazer compras e até para fazer check-in no Aeroporto de Brasília. Parlamentar não fica em fila.

A mordomia chama atenção pelo custo: Câmara e Senado gastam juntos pelo menos R$ 1,1 milhão ao ano para evitar que os parlamentares peguem filas ou tenham que chegar uma hora antes dos vôos. O custo refere-se ao pagamento dos salários de 12 funcionários, que recebem entre R$ 6 mil e R$ 11 mil, e o custeio das salas de apoio das duas Casas no aeroporto de Brasília.

O levantamento do custo, feito em reportagem do site "Congresso em Foco", foi confirmado pela assessoria de imprensa da Câmara e pelo secretário-geral do Senado, Agaciel Maia. No aeroporto, seis funcionários efetivos do Senado revezam-se em dois turnos de trabalho, de 7 horas a 23 horas, de segunda a sexta-feira. Cinco recebem em média R$ 6 mil e o chefe, R$ 11 mil.

A Câmara também mantém seis funcionários no aeroporto de Brasília, mas são todos ocupantes de cargos de confiança. Trabalham em turnos, entre 8 horas e 21 horas. Cinco deles recebem R$ 6,6 mil e um, R$ 8,7 mil. O serviço existe há 18 anos. A novata Janete Pietá (PT-SP) elogia o serviço. Desde fevereiro, quando engessou a perna, utiliza a mordomia para obter uma cadeira de rodas. "Agora mesmo estou esperando o funcionário trazer a cadeira de rodas", disse Janete, antes de embarcar sexta-feira.

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