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São Paulo – A Câmara dos Deputados julga amanhã o processo contra o ex-presidente da Casa, João Paulo Cunha (PT-SP). Ele é acusado de receber recursos do esquema do valerioduto. O relatório de Cézar Schirmer (PMDB-RS), que pede a cassação de Cunha, já foi aprovado no Conselho de Ética por nove votos a cinco.

O plenário da Câmara já quebrou a tradição outras vezes e, portanto, o resultado visto no Conselho não necessariamente será seguido pelo restante dos deputados. Pelo contrário, há a expectativa de Cunha se unir aos outros sete parlamentares absolvidos.

Dentre os acusados de receberem recursos pelo esquema montado pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, três foram cassados e outros quatro renunciaram. Contra Cunha pesa o fato de sua mulher, Márcia Regina Cunha, ter sacado da agência do banco Rural em Brasília R$ 50 mil, da conta do empresário Marcos Valério. Em sua defesa, Cunha inicialmente disse que a mulher havia ido à agência pagar uma conta de tevê a cabo. Depois, ele mudou a versão e disse que o dinheiro foi usado para ajudar na campanha do PT em Osasco, no ano passado.

O Conselho de Ética vota hoje, a partir das 10h, o processo por quebra de decoro do deputado Josias Gomes (PT-BA), que tem contra ele a acusação de ter se beneficiado do valerioduto.

O relator de seu processo, Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), vai pedir a cassação do parlamentar, sob o argumento de que o próprio Gomes admitiu ter recebido dinheiro de caixa 2 por duas vezes, pessoalmente.

Em sua defesa, o deputado alegou que usou os recursos para pagar dívidas de sua campanha de 2002.

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