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Brasília – A Câmara decidiu requisitar o inquérito da Operação Navalha, deflagrada pela Polícia Federal. A decisão foi tomada em reunião do presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP) e os líderes dos partidos políticos.

Eles argumentam que é importante esclarecer se há ou não envolvimento de parlamentares no esquema de recebimento de propina para beneficiar a empreiteira Gautama, em licitações de obras públicas. "Essa é uma função constitucional do Legislativo: fiscalizar", argumentou o líder do PDT, Miro Teixeira (RJ).

O deputado Chico Alencar (PSol- RJ) informou que os documentos sigilosos serão avaliados por uma comissão suprapartidária. "A Câmara vai fazer uma análise imediata, não para acobertar eventuais envolvidos, mas para dar o encaminhamento necessário", afirmou.

Para o líder do governo na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE), é importante a análise dos documentos para que o Congresso não fique à margem das investigações.

Não houve acordo entre os líderes quanto à criação de uma CPI para investigar essa questão. O PPS e o PSol defenderam a instalação da CPI, mas outros líderes foram contra. "O que a CPI vai fazer que o Ministério Público e a Polícia Federal não fizeram? A CPI nesse caso não traz nenhum benefício", afirmou o líder do PR, Luciano Castro (RR).

Chinaglia disse que não tem nada contra uma CPI para investigar o assunto, mas deixou a decisão para os deputados. Ele disse que não se preocupa com quem quer as investigações da PF venham a atingir: "Enquanto não fica claro, a sociedade fica indagando quem está envolvido. Sobre quem vai ser atingido, a preocupação é zero, porque cada um tem que responder pelos seus atos", disse.

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