Pelo menos 15 carretas que aguardavam em postos de gasolina o sinal verde para entregar a soja transgênica em terminais da área portuária entraram no pátio de triagem do porto de Paranaguá no início da manhã desta terça-feira. Eles passaram o dia aguardando a liberação para descarga, sem sucesso. Segundo representantes de empresas exportadoras, outras cargas saíram do interior nos últimos dois dias com soja geneticamente modificada em direção a Paranaguá.

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Antes de serem autorizados pelos terminais para entrar no pátio, os caminhoneiros receberam cópias do mandado judicial que determina à Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) a liberação da movimentação do produto dentro da área portuária. "Vamos ver se agora dá", disse Edílson de Carvalho, que esperava desde sexta-feira, com outros quatro companheiros, para descarregar.

Os cinco motoristas formavam uma espécie de caravana que retirou a soja em Dourados, no Mato Grosso do Sul, para entregá-la no terminal da Cargill em Paranaguá. Outras empresas, como a Cotriguaçu, também tinham caminhões com os grãos geneticamente modificados à espera da permissão para entrar no porto. As cargas foram refugadas a partir de sexta-feira porque não apresentaram o laudo indicando que não continham transgênicos.

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"Caminhões carregados com outros produtos, que chegaram depois, estavam conseguindo as liberações para descarga", disse o advogado da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Marcelo Teixeira. "A administração do porto está fazendo isso obviamente com o intuito de não cumprir a decisão da Justiça."

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