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Mais de 7,1 milhões de crianças foram vacinadas até as 17h30 deste sábado (14) contra poliomielite. Os números do Ministério da Saúde são preliminares e deverão ser alterados à medida que estados e municípios atualizem o banco de dados do ministério. O balanço final só deverá ser anunciado em duas semanas. Crianças de até cinco anos que não tomaram as gotinhas devem procurar a unidade de saúde mais próxima da rede pública, onde a vacina ainda estará disponível.

De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carmem Osterno, é comum alguns profissionais de saúde digitarem os dados somente após o término da vacinação, o que justificaria o número de vacinações estar ainda tão abaixo da meta do governo, que é de imunizar 14,6 milhões de crianças, o que corresponde a 95% dos menores de cinco anos.

Cerca de 115 mil postos de vacinação participaram da campanha. Ao todo, 24 milhões de doses de vacinas foram distribuídas. Somando aos números registrados na primeira fase da campanha – realizada no dia 12 de junho, quando 14 milhões de crianças foram imunizadas – foram distribuídas 48 milhões de doses.

Ao todo, foram investidos R$ 40,9 milhões nas duas fases da campanha. Destes, R$ 20,8 milhões foram gastos na compra de vacinas; e R$ 20,1 milhões em repasses para as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, parceiros do Ministério na realização da campanha.

Com a estratégia adotada pelo Brasil – que realiza campanhas nacionais anuais, divididas em duas etapas, com intervalo de dois meses entre as doses – foi possível eliminar o vírus da poliomielite no país e, desde 1989, não há registros da doença. Isso rendeu a certificação internacional, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de erradicação da doença em todo o território nacional.

A poliomielite ainda é uma doença comum em diversas partes do mundo. Com a imunização, previne-se contra os riscos de importação de casos. Dados da OMS indicam que 26 países ainda registram casos da doença. Destes, quatro possuem transmissão constante: Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão.

Outros 22 países têm registro de casos importados: Tajiquistão, Angola, Chade, Sudão, Uganda, Quênia, Benin, Togo, Burkina Faso, Níger, Mali, Libéria, Serra Leoa, Mauritânia, Senegal, República Centro Africana, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Nepal, Guiné, Camarões e Burundi.

O ministério ressalta que é importante que todas as crianças menores de cinco anos tomem as duas doses da vacina durante a campanha nacional, mesmo que já tenham sido vacinadas anteriormente. Apesar de não haver contraindicações, recomenda-se que as crianças com febre acima de 38 graus celsius ou com alguma infecção sejam avaliadas por um médico antes de receberem as gotinhas.

A vacina também não é recomendada para crianças que tenham problemas de imunodepressão, como pacientes de câncer e Aids ou de doenças que afetem o sistema de defesa do organismo.

A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa grave. Na maioria das vezes, a criança não morre quando é infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia, principalmente, nos membros inferiores. A doença é transmitida por um vírus e a contaminação se dá principalmente por via oral.

A vacina é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ela é administrada via oral, em gotas, e está disponível durante todo o ano nos postos de saúde para a imunização de rotina. Segundo o calendário básico de vacinação, os bebês devem receber a vacina aos dois, quatro e seis meses. Aos 15 meses, recebem o primeiro reforço

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