Curitiba e outras 12 cidades participam nesta terça-feira da Campanha Nacional de Parkinson, promovida pela Academia Brasileira de Neurologia, em parceria com o laboratório farmacêutico Boehringer-Ingelheim, no dia internacional da doença. Equipes de médicos neurologistas estarão das 10 às 22 horas nos shoppings Estação e Mueller esclarecendo dúvidas sobre o assunto. "Nosso objetivo é divulgar os sinais da doença e mostrar que existe tratamento e pode ser feito pelo SUS", afirma o coordenador do evento em Curitiba, o neurologista Hélio Afonso Teive. Além da capital paranaense, participam da campanha: São Paulo, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Brasília, Fortaleza, Belém e Goiânia.
Segundo a Organização Mundial da Saúde em todo o mundo existem pelo menos quatro milhões de pessoas com Parkinson. A estimativa é que esse número dobre até 2040 devido ao crescimento da população idosa. O Brasil não conta com estatísticas exatas sobre a enfermidade, uma vez que não se trata de uma doença contagiosa nem epidêmica, não sendo portanto de notificação obrigatória às autoridades de saúde.
O neurologista Henrique Ballalai, da Universidade Federal de São Paulo, explica que embora possa ocorrer em qualquer faixa etária, a maioria dos casos é detectada entre os 65 e 80 anos. A doença de Parkinson é neurodegenerativa e provocada pela morte das células nervosas do cérebro responsáveis pela produção de dopamina. A falta dessa substância acarreta no mal funcionamento do circuito motor subcortical causando tremores, rigidez muscular, perda da agilidade e do equilíbrio. De acordo com a neurologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Márcia Gonçalves, a predisposição genética e a exposição ambiental a substâncias tóxicas prejudiciais aos neurônios são apontadas como causas da doença. "Não há maneira de prevenir a doença de Parkinson. A expectativa é que em alguns anos sejamos capazes de identificar a propensão e desenvolver drogas que impessam ou retardem o aparecimento dos sintomas", afirma.
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