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Campo Mourão – O surto do vírus Rotavírus descoberto no final de junho em uma creche de Campo Mourão, na Região Centro-Oeste do estado, já começa a ser monitorado pelo setor de epidemiologia da Secretaria de Saúde do município. Na ocasião, foram detectados 33 casos, sendo que a média era de apenas 12 registros nos meses anteriores. Conforme um levantamento feito pela secretaria, na semana seguinte, entre 4 e 8 de julho, foram descobertos 60 casos, e no período de 11 a 15 deste mês os números já apresentaram uma pequena redução, para 57 casos.

Segundo o responsável pelo setor de epidemiologia, Jefferson Nery Correia, após a descoberta dos casos que ultrapassaram a média registrada, foram realizadas visitas em creches e em casas de crianças infectadas com o rotavírus, para orientar professores e pais sobre os cuidados necessários para evitar a transmissão. Os rotavírus, eliminados em alta quantidade nas fezes de crianças infectadas, são transmitidos pela via fecal-oral, por água ou alimentos. "O vírus é decorrente do inverno, onde há um aglomerado de crianças", explica Correia. Ele acredita que, com as medidas de controle intensificadas, a tendência é de queda nos registros na próxima amostragem, que termina na semana que vem.

Correia explica ainda que a melhor forma de combater a doença é intensificar rigorosamente a higiene, seja nas creches ou em casa, lavando as mãos das crianças, cuidando de alimentos e mamadeiras. O vírus tem um período de transição no organismo que dura sete dias. Durante este tempo, as crianças infectadas devem fazer repouso com re-hidratação de soro caseiro, medicação para combater a febre e as dores e alimentação leve. "Caso não seja feito o tratamento adequado, o vírus pode ocasionar a morte da criança", lembra.

A infecção que atinge crianças de três meses a três anos varia de um quadro leve, com diarréia, e evolui para quadros graves com desidratação, febre e vômitos. "Qualquer sinal destes sintomas, os pais devem procurar um posto de saúde para fazer exames", orienta Correia.

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