• Carregando...

Brasília – A campanha eleitoral está entrando em sua fase final e os principais candidatos à Presidência da República ignoraram uma série de temas fundamentais para a população e para o futuro do país. Eles simplesmente evitaram tratar de assuntos delicados ou controversos como a política externa, o meio ambiente, direitos humanos e a agricultura. Noutras questões, como das reformas da Previdência e tributária, os principais candidatos deram um passo atrás ou ficaram presos a slogans simpáticos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o principal candidato da oposição, Geraldo Alckmin (PSDB), declararam publicamente que se forem eleitos não darão continuidade à reforma da Previdência, iniciada ainda no governo FH e complementada parcialmente no primeiro mandato de Lula. E a reforma não entrou no debate eleitoral.

Os dois candidatos dizem também que um de seus objetivos para os próximos quatro anos é reduzir a carga tributária, mas nenhum deles apresentou até agora uma proposta clara, com um cronograma e metas, mostrando como pretendem cumprir a promessa.

"Os candidatos tendem a fugir dos temas polêmicos. O Lula e o Alckmin dizem que o crescimento será a prioridade de seus governos. Mas não assumem compromissos claros de redução da carga tributária, de aumento dos investimentos públicos e de instituir marcos regulatórios que estimulem os investimentos privados. Lula e o Alckmin são farinha do mesmo saco", diz o economista Raul Veloso, especialista em contas públicas.

Para o cientista político Paulo Kramer, o debate eleitoral está muito raso. "Lula e Alckmin estão discutindo o passado e não o futuro. De um lado, os escândalos, e de outro, o aumento da renda, do emprego e a redução do preço da cesta básica", analisa.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]