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Moradores se reuniram nesta sexta-feira para o teste final do sistema de alerta comunitário | Divulgação
Moradores se reuniram nesta sexta-feira para o teste final do sistema de alerta comunitário| Foto: Divulgação
  • Todas as residências participantes do projeto foram identificadas

O Jardim Social está entre os dez bairros de Curitiba com maior número de roubos a residências segundo o estudo da Coordenadoria de Análise e Planejamento, da Secretaria de Estado da Segurança Pública, com base nos boletins de ocorrência registrados na capital no mês passado. Cansados dos frequentes assaltos e dos bandidos cada vez mais violentos, alguns moradores se uniram e criaram uma segurança comunitária para o bairro. O projeto conta com um sistema de alarmes instalados ao longo das ruas Professor Manoel Vieira de Alencar e Teixeira Mendes. As ideias começaram a surgir com a formação de um Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) para o bairro. De acordo com o presidente do Conseg, Marcos Ferreira, a primeira reunião aconteceu no começo de abril e o teste final do sistema foi realizado nesta sexta-feira (29). "Ficamos até surpresos com a velocidade com que tudo se desenrolou e a grande participação", disse.

Até agora, 35 moradores aderiram ao sistema de segurança comunitária. As sirenes de alerta, instaladas nos postes na rua, são acionadas por controle remoto e podem ser disparadas por qualquer pessoa que estiver em um raio de 100 metros. O ruído é ouvido há uma distância de 500 metros. O sistema foi desenvolvido por Ferreira em parceria com outros moradores e teve um custo de R$ 250 por residência.

O idealizador do projeto já trabalhou como gerente de riscos de uma multinacional alemã em São Paulo e diretor de uma empresa de segurança em Curitiba. Morador do bairro há 9 anos, Ferreira conta que ele próprio foi vítima dos bandidos. Ferreira ressalta que só o uso da tecnologia não é suficiente, é preciso uma mudança de mentalidade das pessoas. "O mais importante é o vínculo que foi criado entre os moradores. Agora, todos têm uma lista com o número do telefone celular e email dos vizinhos", afirma.

Segundo ele, o fato dos vizinhos não se conhecerem facilita a ação dos bandidos. "Se você não sabe quem mora do seu lado não consegue identificar pessoas e veículos estranhos circulando na região", disse.

Comportamento preventivo

Para Ferreira, outra forma de evitar a ação de bandidos é a adoção de um comportamento preventivo por parte dos moradores. "Você pode ter muros altos, cerca elétrica, sistema de câmeras, mas se você não adotar medidas preventivas, pode acabar sendo mais uma vítima", afirma.

Um dos momentos de maior vulnerabilidade, segundo Ferreira, é quando o morador chega em casa. "O ideal é evitar ouvir música ou falar ao telefone no momento da chegada. Também aconselho a entrar com o carro de ré na garagem para ter uma visão melhor do movimento da rua".

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