Um cachorro da raça rotweiller, que estaria sendo torturado pelo dono, foi sacrificado pela Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba (SPAC). O cão, de apenas seis meses, foi encontrado machucado e amarrado sobre pedra-brita. Segundo a veterinária Denize Cotrim, responsável pela eutanásia, o filhote estava em estado terminal e havia suspeita de cinomose (doença irreversível que atinge o sistema nervoso). Em razão dos maus-tratos constatados, um boletim denunciando o caso foi registrado na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).
A SPAC recebeu a denúncia na segunda-feira. Uma moradora do bairro Fazendinha contou que seu vizinho vinha submetendo que o cão a agressões e maus-tratos. Segundo a denunciante, o cão estava sem comida e água, e vinha sendo agredido, desde a última quinta-feira. "Ele chutava o animal que agonizava de dor", relata.
Com a denúncia em mãos, a vice-presidente da SPAC, Soraya Simon e a veterinária, Denize Contrim foram até ao local, onde foram confirmados os maus-tratos. Soraya acionou o Canil Municipal e a DPMA. "Mas me informaram que não recolhem cachorros em casos como este", afirma.
A vice-presidente da SPAC solicitou, então, que policiais Delegacia do Meio Ambiente fossem até ao endereço, mas foi informada que a viatura só poderia se deslocar ao endereço no dia seguinte. De acordo com o superintendente da unidade, Celso Gomes Ribeiro, há todo um processo burocrático que deve cumprido. "Como a denúncia foi feita por volta das 17 horas da tarde, não teríamos condições de fazer todos os procedimentos necessários e encaminhar ao Ministério Público para que o promotor expedisse o mandado de busca e apreensão até às 18 horas", explicou. Sobre o boletim de ocorrências registrado na delegacia, ele informou que está aguardando o laudo da veterinária para avaliar a situação. "O proprietário do filhote foi intimado a comparecer à delegacia e, caso seja confirmada a negligência no cuidado com o animal, ele poderá responder por crime contra a fauna", relata o superintendente.
Recentemente, a Sociedade Protetora também prestou atendimento ao cão Falcão, que teria tido as patas traseiras cortadas por um vizinho da dona. O acusado da agressão foi processado e o caso ainda tramita.
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