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O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) fez uma crítica velada ao secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre Moraes (PMDB), durante uma entrevista com usuários de uma rede social, nesta quinta-feira (27).

Internautas enviaram perguntas ao ministro pela página do Facebook “Dialoga Brasil”, editada pelo governo federal.

Um deles quis saber de Cardozo o que pode ser feito para reduzir “essa onda descontrolada de violência (...) em São Paulo”.

Sem citar nomes, o ministro disse que o caminho não é “discutir se uma polícia é melhor do que a outra ou quem deve atuar em qual território”.

“É fundamental que divergências políticas e corporativas sejam superadas para a defesa daquilo que toda a sociedade deseja. O interesse público está acima de qualquer questão”, finalizou Cardozo.

No mês passado, em entrevista à Folha de S.Paulo, o secretário Alexandre Moraes afirmou que gostaria de substituir a polícia rodoviária federal pelas forças de segurança estaduais no patrulhamento das rodovias federais do território paulista. Procurado à época, Cardozo rebateu e classificou a proposta como um “equívoco”.

“A possibilidade que há é integrar [as atuações das forças federais e estaduais] e quero mostrar isso ao secretário”, disse, na ocasião, o argumento repetido na entrevista desta quinta.

Porte de armas

Na conversa com internautas pela página oficial, o ministro da Justiça usou o mesmo termo -”equívoco”- quando foi instado a falar sobre a possibilidade de se liberar o porte de armas a cidadãos comuns.

O leitor quis saber se a ideia não é válida: “Pessoas ligadas ao crime estão todas armadas e sabem que o povo está desarmado, daí agem com tranquilidade”, escreveu o internauta.

Para o ministro, “arma não é instrumento de defesa, mas de ataque”.

“É um equívoco demonstrado por todos os estudos de segurança imaginar que a criminalidade e a violência são reduzidas quando a população está armada”, afirmou Cardozo.

O ministro também recebeu questões sobre a Operação Lava Jato. Disse que a Polícia Federal tem liberdade e autonomia para investigar quem quer que seja, mas que eventuais excessos sempre serão apurados, inclusive suspeitas de vazamentos seletivos.

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