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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou ao Ministério Público Federal (MPF) que a escola de samba paulistana Tom Maior ainda não fez nenhum pedido para a utilização de animais silvestres no desfile de sexta-feira, mas já avisou que uma eventual solicitação será recusada imediatamente. A informação foi divulgada hoje pelo MPF que cobra explicações da agremiação sobre o assunto.

A Tom Maior tem até o final do dia para deixar claro se pretende ou não levar uma jaguatirica e um outro bicho para o Sambódromo do Anhembi. Para o Ibama, conforme informações do MPF a exposição dos animais no desfile "configuraria, sem sombra de dúvidas, uma grave situação de maus-tratos, ato ilícito pela Lei de Crimes Ambientais".

Em reportagem publicada no último dia 17 pelo jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da escola, Marko Antonio da Silva, disse que queria levar à avenida uma jaguatirica e um outro animal, uma suçuarana ou um lagarto, mas que não considerava pedir autorização ao órgão ambiental por temer que ela fosse recusada. "A ideia é não falar, porque eles não vão autorizar e vão estragar nosso feito", afirmou, segundo a reportagem.

Nesta quarta-feira, Silva não quis se pronunciar a respeito do imbróglio e afirmou que a resposta ao MPF é uma "decisão interna" da Tom Maior. Tanto a jaguatirica quanto a suçuarana são animais ameaçados de extinção. A escola fará uma homenagem a São Bernardo do Campo (SP) no desfile deste ano e convidou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para participar da apresentação.

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