Onze dias antes de entrar na avenida, cinco escolas de samba da capital paulista foram na quinta-feira parar na delegacia. Em meio a denúncias de brigas entre integrantes das agremiações e ameaças a operários que trabalham na montagem do sambódromo, a Liga das Escolas de Samba de São Paulo criou polêmica ao afirmar que o camarote da Brahma está vendendo mais ingressos do que o combinado em contrato.
A empresa que organiza o camarote garante que o número de convidados está dentro do permitido. Disse ainda que está com a documentação em dia e que a construção foi aprovada pela SPTuris. A Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur) informou que vai abrir inquérito para apurar a denúncia. Um ofício será encaminhado nesta sexta para o Departamento de Controle Urbano (Contru), da Prefeitura.
A confusão começou no sábado. Integrantes das escolas de samba Vai-Vai, Mancha Verde e Unidos da Vila Maria pediram para funcionários do camarote pararem de montar uma tenda localizada debaixo da arquibancada do Setor J. "O camarote avançou em uma área que não estava prevista no contrato que a Liga tem com eles. Por isso, pedimos para parar", disse Paulo Sérgio Ferreira presidente da Liga e da Unidos da Vila Maria.
Ferreira diz que o acordo previa espaço para 2.240 pessoas. A estrutura do camarote, porém, prevê receber 5 mil. O camarote da Brahma informou que, neste ano, adquiriu da Ingresso Fácil, responsável pela venda de tíquetes do carnaval, a arquibancada do Setor J, onde caberiam cerca de mil pessoas. No ano passado, sem a arquibancada, 4 mil espectadores assistiram aos desfiles no espaço. A tenda localizada sob a arquibancada, cuja construção a Liga barrou, tem o objetivo de "aumentar o espaço protegido contra chuva", disse a empresa. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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