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A imprudência de um motorista que percorreu aproximadamente um quilômetro na contramão, na BR-116, em trecho de pista simples, tirou a própria vida e a de uma adolescente de 15 anos, ontem à tarde, na divisa entre Paraná e São Paulo. A fatalidade também causou a morte de outro caminhoneiro e deixou mais quatro pessoas feridas em estado grave. Com base em relatos de comerciantes da região, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) acredita que Valdir José da Silva, 42 anos, estaria embriagado quando causou o acidente.

A tragédia ocorreu por volta das 13h30, no quilômetro 1 da BR-116, na pista sentido São Paulo-Curitiba, próximo à ponte sobre o Rio Pardinho. O motorista Túlio Armando Pedron não conseguiu desviar o seu caminhão, placa DJC-6700, e bateu de frente com a carreta Mercedes Benz, placa KUA-6357, de Silva. De acordo com a perita Clarice Kravetz, do Instituto de Criminalística, um Voyage, placa AAT-8611, em que estava a garota Camila Macedo da Costa, de 15 anos, bateu na traseira do caminhão de Pedron, que tombou em um barranco logo em seguida.

Além de Camila, que morreu no local, estavam no veículo seus pais e mais duas irmãs de 12 e 9 anos. Os quatro foram socorridos e encaminhados em estado grave para os hospitais mais próximos da região. A mãe foi encaminhada para o Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, com fraturas múltiplas pelo corpo. As outras meninas e o pai foram para o Hospital Regional do Vale do Ribeira, em Pariqueraçu (SP), e para o Pronto-Socorro de Cajati (SP).

A menos de mil metros do local da colisão, testemunhas que estavam em duas lanchonetes na beira da estrada momentos antes do acidente revelam que Silva não estava sóbrio. Segundo a comerciante Marília da Cruz Santos, dona de uma das lanchonetes, além de bêbado, ele parecia fora de si. Ela relata que Silva teria passado algumas vezes em frente ao seu estabelecimento pilotando apenas o cavalo (cabine) da carreta em alta velocidade.

Na outra lanchonete, a vendedora Iracy de Oliveira conta que Silva teria pedido um café preto. Frequentadores do local afirmam que ele estaria cheirando a bebida e incomodando a todos. Eles tentaram impedir que o caminhoneiro saísse com o caminhão, mas não obtiveram êxito. Silva engatou a carreta carregada com peças automotivas e foi para a rodovia, mas na contramão. Marília revela que viu pelo menos dois carros pequenos e um caminhão-baú desviarem da carreta de Silva. Marcas de pneus na pista e no canteiro central da rodovia mostram que manobras perigosas foram realizadas no local.

Segundo o policial rodoviário federal Nilson Jacoboski, que conduziu oa atendimento ao acidente, participaram do socorro cerca de 35 pessoas, 15 carros e um helicóptero. O que mais deu trabalho foi retirar o corpo de Pedron das ferragens do caminhão, no barranco. A operação foi encerrada por volta das 19h30. O acidente gerou um engarrafamento, sentido Curitiba, de 10 quilômetros. Embora as pistas já estivessem liberadas no final desta edição, por volta das 21 horas, o trânsito continuava congestionado.

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