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Servidor fotografou porta-malas abarrotado por produtos que teriam sido comprados no Paraguai | Reprodução/Facebook
Servidor fotografou porta-malas abarrotado por produtos que teriam sido comprados no Paraguai| Foto: Reprodução/Facebook

Um veículo oficial da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teria sido usado, em setembro de 2013, para trazer a Curitiba produtos comprados no Paraguai. Uma foto tirada por um servidor da instituição de ensino mostra o carro, de placas AVU – 5850, com o porta-malas aberto e cheio de sacolas que continham produtos diversos. A denúncia – a que a Gazeta do Povo teve acesso – foi formalizada ao Ministério Público Federal (MPF) na última semana.

De acordo com a denúncia, o automóvel foi usado por uma comitiva de Curitiba, que viajou ao campus de Palotina, no Oeste do Paraná, no dia 6 de setembro de 2013, para participar do lançamento do programa “UFPR Sem Fio”. Após a agenda oficial, integrantes da equipe da universidade teriam ido até o Paraguai e comprado os produtos. A mercadoria teria sido transportada no porta-malas do carro oficial, a fim de se evitar eventuais vistorias policiais ao longo do trajeto.

Uma página no Facebook também compartilhou a foto. Segundo a postagem, a denúncia também foi apresentada à Polícia Federal (PF), mas a Gazeta do Povo não conseguiu confirmar esta informação.

O pró-reitor de Administração da UFPR, professor Edelvino Razzoline Filho, disse que viu comentários sobre a denúncia em redes sociais, mas destacou que nenhuma denúncia formal foi apresentada à universidade. A instituição também não foi acionada pelo MPF. Se houver uma representação oficial, a UFPR deve instaurar uma sindicância para apurar o caso.

“Uma vez apurado, a própria sindicância já aponta se há materialidade. Se houver, instaura-se um processo administrativo disciplinar, que pode terminar até com a exoneração do servidor, em caso de se comprovar”, disse.

Razzoline filho apontou que, como a denúncia se refere a uma data específica e traz o número da placa do carro, será possível chegar à equipe que utilizou o veículo naquela viagem. “Temos um fato, uma placa e o motorista. Obviamente que muamba é algo que não pode ser transportado num carro oficial. Se o veículo chegou a sair do país e caso para demissão sumária”, acrescentou.

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