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Campo Mourão – O botijão de gás de cozinha (GLP) é quase um item obrigatório – ainda que ilegal – nas caminhonetes de agricultores e pequenos comerciantes de Nova Tebas, na região Central do estado. Por medida de economia, os veículos, usados para transporte de mercadorias, foram adaptados clandestinamente pelos proprietários, colocando em risco a própria segurança e a da população local. A alteração é proibida por lei. O proprietário pode ter o carro apreendido por crime contra a economia e mudança de característica.

Nem mesmo as vistorias anuais realizadas pelo funcionário do posto de serviços da Ciretran na cidade conseguem identificar o perigo ambulante que o uso do combustível "alternativo" representa para Nova Tebas. Segundo o fornecedor de leite, Darci Lakoske, é difícil encontrar uma caminhonete do modelo Rural movida à gasolina na cidade. "A economia obriga os donos a fazer a transformação", diz. Ele mesmo mudou o carro 1961 de gasolina para GLP.

De acordo com supervisor da 48.ª Ciretran de Pitanga, João Carlos Rolim, as vistorias deveriam apreender os veículos irregulares. "Mas nunca foi identificado nada nesse sentido. Esses carros são verdadeiras bombas ambulantes, que podem explodir em caso de acidente", esclarece.

De acordo com o comandante do destacamento da Policia Militar de Nova Tebas, Euzébio Luiz, há uma fiscalização rigorosa para inibir a circulação desses veículos na cidade, mas durante 2005 nenhum motorista foi notificado ou teve o veículo apreendido. "Não houve apreensão porque ninguém desrespeitou as normas."

Morador a poucos metros da delegacia e dono de uma rural adulterada, um dos proprietários que não quis ser identificado, disse que nunca foi abordado em uma blitz em dois anos que circula pelas ruas e estradas rurais do município. "Muitas vezes eles (policiais) percebem a alteração, mas fazem de conta que não vêem nada", diz.

Em 20 de novembro de 2005, a reportagem da Gazeta do Povo mostrou que os veículos movidos a gás de cozinha também eram usados como transporte escolar na zona rural de Nova Tebas. Na época, as autoridades municipais esclareceram que a situação era provisória e que as picapes movidas a GLP não seriam mais usadas durante o ano letivo de 2006.

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