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| Foto: Divulgação/Priscila Forone

A partir desta terça-feira (25), usuários pessoa física das linhas metropolitanas integradas receberão o cartão-transporte da Metrocard no momento imediato da realização do cadastro. A medida, de acordo com o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), ainda não é válida para empresas, que devem realizar cadastro dos funcionários via internet e aguardar a liberação do documento.

O cartão-transporte das linhas metropolitanas substituiu o cartão que permitia a integração de linhas de Curitiba e da RMC – que sofreu desintegração da parte financeira em janeiro, quando o estado anunciou a separação do caixa do sistema metropolitano do que atende à capital. O cartão da Urbs deixou de ser aceito pelo sistema de bilhetagem eletrônica da região metropolitana no último dia 6 de agosto.

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Desde lá, linhas que operam na RMC aceitam o embarque de passageiros mediante o uso do cartão específico, dinheiro ou vale transporte de papel – que poderá ser usado até o dia 31 de dezembro deste ano.

De acordo com o Setransp, na semana passada, foram entregues 40 mil cartões a usuários do sistema metropolitana. A entrega corresponde ao primeiro lote confeccionado pela Metrocard, empresa responsável pela operação das linhas da RMC.

Polêmicas

Desde que foi implantada, a empresa Metrocard já foi centro de polêmicas. Em julho, o Ministério Público do Paraná (MP) iniciou uma investigação para analisar a suspeita de fraude na troca do sistema de bilhetagem eletrônica das linhas metropolitanas integradas de Curitiba.

A questão é que os novos validadores, que entraram em operação no último dia 6 de agosto, são geridos por uma associação ligada às viações, o que na prática agora as coloca como as responsáveis em repassar dados do sistema ao governo do estado. A denúncia feita ao MP levantava o risco de que essas informações poderiam ser manipuladas para justificar reajustes tarifários, o que foi refutado pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), que regula a operação das linhas metropolitanas.

O órgão informou, logo após a publicação da reportagem, que terá controle total do sistema e que a autorização dada à Metrocard foi condicionada à apreciação do projeto técnico e ao atendimento de critérios rígidos de fiscalização e transparência pública.

No final do mês passado, outra reportagem publicada pela Gazeta do Povo mostrou que todo o crédito comprado nas 83 linhas não integradas da RMC e que vence em um ano vai para a conta da Associação Metrocard. O crédito, segundo a apuração, não volta para o bolso do usuário, nem para quem compra as passagens diretamente nem para quem dispensa 6% do seu salário para adquiri-las por meio de seus empregadores.

Sobre o caso, a Comec afirmou que fiscalizará a conta específica para receber créditos expirados da Associação Metrocard na nova formatação da rede integrada de transporte da região metropolitana de Curitiba. Já a operadora da bilhetagem metropolitana informou, na ocasião, haver respaldo legal para que os créditos expirados sejam revertidos para sua conta.

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