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Fã de tecnologia, Arion teve a ideia de disponibilizar dados por meio do aplicativo | Niomar Pereira
Fã de tecnologia, Arion teve a ideia de disponibilizar dados por meio do aplicativo| Foto: Niomar Pereira

Serviço

Veja os detalhes do aplicativo disponibilizado pelo cartório de Francisco Beltrão:

• O aplicativo está disponível nas lojas virtuais do Google e da Apple. Para baixar, basta digitar "Cartório Arion" e em alguns segundos será possível descarregar o programa no aparelho.

• O serviço é gratuito e pode ser acessado de qualquer lugar do país. O usuário pode consultar a segunda via de certidões de nascimento, casamento, óbito e edital de proclamas (agenda dos casamentos).

• Funciona de maneira simples: é só digitar o nome da pessoa (que precisa ter registro na Comarca) e executar a busca. Em seguida deve-se clicar no botão para gerar a segunda via.

• Um boleto é enviado no e-mail e após o pagamento (R$ 27,14 mais custo da entrega) o documento é encaminhado diretamente ao endereço cadastrado.

O cartório de Registro Civil de Francisco Beltrão, região Sudoeste do Paraná, se tornou na semana passada o primeiro do país a disponibilizar um aplicativo gratuito para iOS e Android que permite ao usuário localizar registros de nascimento, casamento e óbito, solicitar a segunda via de certidões e consultar edital de proclamas (casamentos).

O oficial Arion Toledo Cavalheiro Júnior é fã de tecnologia e teve a ideia de oferecer o serviço ao ver a funcionalidade que os aplicativos estão ganhando. "Eu sempre baixo vários aplicativos que são úteis e pensei que seria bem interessante para a população se o serviço que temos no site estivesse disponível em tablets e smartphones", conta. Ele também levou em consideração o crescimento no uso de aplicativos, que foi de 115% no ano passado.

As empresas têm razão de estarem voltadas para esse segmento. Afinal, o Brasil é o quarto país do mundo em número de smartphones, com mais de 70 milhões de aparelhos. Arion diz que ainda não sabe a demanda que o serviço terá, mas no site há uma média de 150 pedidos por mês. O cartório fechou o ano passado com 5.162 atos praticados.

Desenvolvedor local

O app foi produzido por uma empresa de tecnologia local e levou 10 meses para ficar pronto. É o terceiro aplicativo mobile que a Imaxis Soluções Digitais desenvolve e não quer parar por aí. Outros dois estão em fase final. A empresa existe desde 2001 e é composta por jovens profissionais de TI (Tecnologia de Informação).

O foco nos últimos dois anos é o desenvolvimento de produtos para plataformas móveis. "Até então trabalhávamos mais voltados ao desenvolvimento de sites e sistemas web, agora estamos focando em aplicativos para dispositivos móveis, dando mais uma possibilidade e recurso a nossos clientes", fala Cledson Lodi, diretor da Imaxis.

Segundo ele, os aplicativos estão cada vez mais complexos e exigem conhecimentos de inteligência artificial dos programadores. "Hoje estamos trabalhando desde aplicativos que permitem apenas a coleta de dados a partir de formulários até aplicativos que envolvem reconhecimento de padrões. Conseguimos criar integrações entre o site dos clientes e apps específicos."

Para disponibilizar o programa na loja da Google, para operar no sistema Android, o processo é simples e rápido. Na Apple, é demorado e burocrático. No primeiro a hospedagem é gratuita, no segundo tem um custo anual. "Foram alguns meses até ter a licença de uso como empresa, para tal foi preciso gerar uma inscrição da Imaxis nos Estados Unidos. A verificação e os testes da aplicação, antes de ser disponibilizado, também são mais rígidos."

Aplicativo para o Irpen

Arion Cavalheiro quer lançar dentro de dois meses o app do Instituto de Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (Irpen-PR), entidade da qual ele é presidente. Será uma parceria com o Fundo de Apoio ao Registro Civil de Pessoas Naturais (Funarpen) para a consulta digital de selos. "É a tendência e o nosso segmento, que é tão importante para a população, não podia ficar de fora."

Inovação

Município trabalha para ser pólo em softwares

Francisco Beltrão, a maior cidade do Sudoeste com 85 mil habitantes, quer se tornar referência regional em tecnologia. Há vários projetos de inovação em andamento no Núcleo Beltronense das Empresas de Tecnologia da Informação (Nubetec). No ano passado, a entidade foi contemplada com um projeto de gestão da inovação, no valor de R$ 130 mil, para desenvolver ações voltadas para produção de softwares.

Uma das iniciativas mais interessantes é a produção do game Zombie Zoid Zenith, que já tem a versão demo disponível para download no site Baixaki. O idealizador, o empresário Elois Rodrigues, afirma que a ideia saiu do papel agora, mas surgiu há alguns anos. "Identifiquei que existem poucos jogos com temática zumbi voltados para um público mais jovem. E esse é exatamente o desafio: criar algo com essa temática que não tenha violência explícita."

Em 2013, graças a uma parceria que nasceu devido ao cooperativismo do Nubetec, a Adhoc 3D e a Cisterlabs, duas empresas de TI, junto com um grupo de nove investidores, começaram a desenvolver o Zombie Zoid Zenith. É um jogo em 3D para um público a partir dos 10 anos.

De acordo com Rodrigues, a aceitação está sendo favorável. "Em pouco mais de uma semana tivemos mais de mil downloads da versão de demonstração", diz. A previsão do lançamento do jogo completo é para 2015 com versões para PC, Xbox 360 e Playstation 3.

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