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O advogado Elias Mattar Assad e Christiane Yared: denúncia foi levada ao Ministério Público | Arquivo - Walter Alves / Agência de Notícias Gazeta do Povo
O advogado Elias Mattar Assad e Christiane Yared: denúncia foi levada ao Ministério Público| Foto: Arquivo - Walter Alves / Agência de Notícias Gazeta do Povo

O casal Gilmar e Cristiane Yared prometeu voto de silêncio a partir de hoje como forma de protesto contra a demora do processo que apura o acidente que resultou nas mortes dos estudantes Gilmar Rafael Souza Yared e Carlos Murilo de Almeida, em maio do ano passado, no bairro Mossunguê, em Curitiba. O ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Fillho é acusado de dirigir embriagado e em alta velocidade, provocando o acidente que vitimou os jovens. Ontem foi realizada mais uma audiência do caso, na 2.ª Vara do Tribunal do Júri, na capital.

"É uma postura nossa. Somos apenas pais. E quem somos nós para ir contra a Justiça?", indaga Cristiane. "Entrar aqui [na 2.ª Vara do Tribunal do Júri] nos remete ao dia do acidente, mas também à sensação de que o caso deve ter uma punição."

Ontem, o juiz Daniel Surdi de Avelar ouviu um ex-funcionário do gabinete de Carli Filho na Assembleia Legislativa do Paraná. O rapaz foi chamado pela defesa do ex-deputado, em substituição a outras duas testemunhas que deveriam ter sido ouvidas na última audiência, no dia 10 de agosto. Segundo o advogado de Carli Filho, Roberto Brzezinski, o ex-funcionário prova que seu cliente não dirigia com a carteira de habilitação cassada. Uma das acusações que recaem contra o ex-parlamentar é de que, no momento do acidente, ele dirigia sem habilitação. Brzezinski disse ainda que Carli Filho nunca foi notificado sobre as multas que teria recebido.

Mais prazo

O advogado do ex-deputado poderá pedir mais prazo ao Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná para apresentar sua defesa, em razão do tempo em que a acusação analisou as imagens feitas a partir de um posto de combustíveis nas proximidades do local do acidente. Na segunda-feira, o TJ concedeu mais 30 dias para a defesa apresentar suas alegações finais. Com isso, a decisão do juiz Daniel Surdi de Avelar, que definiria ontem se o ex-deputado será julgado por júri popular ou na Vara de Delitos de Trânsito, foi adiada. Ontem, Brzezinski afirmou que a acusação ficou cerca de 150 dias com o material.

O advogado da família Yared e assistente de acusação, Elias Mattar Assad, negou que o material tenha sido analisado por tanto tempo e lembrou que a perícia sequer conseguiu recuperar as imagens. Em protesto contra a decisão de segunda-feira, Assad fez suas alegações finais em menos de 30 segundos. "Quem não faz hoje as alegações não faz em 30 dias", comentou. Ele lembrou a embriaguez ao volante, a alta velocidade e as duas mortes.

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