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A terça-feira (23) começou caótica para quem depende do transporte público em Cascavel, no Oeste. Motoristas e cobradores deflagraram greve e 70% da frota está parada desde as primeiras horas da madrugada. Houve um princípio de tumulto quando o proprietário de uma das empresas chegou para o trabalho. Grevistas e o empresário tiveram um rápido bate-boca na hora de liberar os 30% da frota que estão em circulação.

Os grevistas fazem piquetes em frente às duas empresas que exploram o serviço na cidade. Com carros de som, bandeiras e faixas eles prometem permanecer nos locais e só encerrar a greve quando houver uma proposta que eles considerem coerente por parte das empresas. Houve proposta dos patrões de repasse do INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor) acumulado nos últimos 12 meses e 1% de aumento real. A proposta, no entanto, acabou descartada pelo Sinttracovel (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Cascavel).

O sindicato exige a reposição do INPC e 15% de aumento real, índice considerado "absurdo" pelas empresas. De acordo com Paulino Moreira, vice-presidente do Sinttracovel, o sindicato está sempre aberto às negociações, mas as empresas não estão dispostas a dialogar. "Se eles tiverem uma proposta a nos trazer vamos conversar, mas enquanto eles não nos procurarem a paralisação vai continuar", afirma. Ele classificou a proposta das empresas de "ridícula" e "inaceitável".

Os poucos ônibus que estão em circulação trafegam com superlotação. As empresas Viação Capital do Oeste e Pioneira, que juntas empregam mais de 800 trabalhadores, anunciaram que pretendem entrar com uma ação na Justiça contra a greve. Para as empresas, a ação do sindicato é oportunista e prejudica a população na véspera do Natal.

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