• Carregando...

Cuiabá – Ainda com poucos elementos para identificar a origem do dinheiro que seria usado na compra do dossiê antitucano, a Polícia Federal já cogita a possibilidade de atribuir aos envolvidos a responsabilidade por crime eleitoral.

A PF, porém, quer esgotar todas as outras possibilidades de investigação antes de fazer indiciamentos.

A PF diz que não tem ainda elementos para indiciar os envolvidos e, por isso, o delegado Diógenes Curado, responsável pelas investigações sobre o dossiê, pedirá na próxima semana a prorrogação do inquérito para até meados de dezembro.

Uma das principais linhas de investigação da PF até agora aponta indícios de que parte do R$ 1,7 milhão apreendido com emissários do PT no hotel Ibis de São Paulo, no dia 15 de setembro, seja proveniente de caixa dois de campanha.

Entre os indícios que reforçam essa tese, segundo a PF, está o fato de que todos os envolvidos tinham alguma participação em campanhas (nacional ou estadual) do PT.

Outro indicativo é o teor dos depoimentos de alguns dos envolvidos, como o de Hamílton Lacerda -ex-coordenador de campanha de Aloízio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo. Ele foi flagrado por uma câmera do Ibis entrando com uma mala no hotel.

Lacerda declarou que a mala continha boletos de doações de campanha, mas a Polícia Federal diz ter indícios de que a versão não procede.

Outro indício é que a negociação, segundo relatório parcial da PF, foi comandada por Jorge Lorenzetti – ex-coordenador de análise de risco e mídia do comitê do campanha do presidente Lula à reeleição.

A polícia aguardará até o dia 28 pela apresentação ao Tribunal Superior Eleitoral da prestação final de contas da campanha de Lula à reeleição.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]