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Há mais de duas décadas, Curitiba tinha seu caso Isabella, que repercutiu em todo o território nacional. Em 1984 a menina Ta­­ciane Trevisan, de apenas 3 anos, foi espancada por seu pai até a morte. O crime chocou a população em função da brutalidade do pai e da passividade da mãe. Lucia Helena estava no quarto ao lado de onde o marido batia na garota. Depois de perceber que a filha estava morta, Renato Trevisan foi ao encontro da mulher e pediu ajuda para esconder o crime. Os dois cortaram uma mecha de cabelo de Taciane para recordação e foram para Antonina, a fim de jogar o corpo ao mar.

A agressão ocorreu após uma visita ao advogado de Trevisan. Na volta , o pai comprou uma garrafa de bebida alcoólica. Não gostou do pedido de colo da menina e deu uma garrafada na cabeça dela. Ao chegar em casa, começou a agredi-la. Exames do Instituto Médico Le­­gal apontaram que Taciane teve fratura na coluna, hematomas, escoriações e edemas por todo o corpo.

Seis anos depois, o julgamento no Tribunal do Júri se tornou um meio de a multidão fazer Justiça. As galerias do tribunal ficaram lotadas. O público chorou e so­­freu com a oratória do promotor público do caso na época, Munir Gazal. "A multidão estava tão emocionada que não pude mostrar a mecha de cabelo de Taciane. Ficamos com medo que houvesse um linchamento dos réus".

Trevisan foi condenado por homicídio triplamente qualificado e pegou 31 anos de prisão. Lucia foi condenada por ocultação de cadáver e teve direito a liberdade condicional. Na época a defesa tentou alegar que o pai era doente mental. (PC)

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