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Dengue é monitorada em Londrina a partir de uma sala de situação | Gilberto Abelha/Jornal de Londrina
Dengue é monitorada em Londrina a partir de uma sala de situação| Foto: Gilberto Abelha/Jornal de Londrina

O número de casos confirmados da dengue no Paraná subiu para 582, segundo o último boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). A cidade de Londrina, no Norte do estado, teve um aumento de 90% no número de casos em apenas uma semana. Passou de 144 casos para 275 na última sexta-feira.

A Secretaria Municipal de Saúde de Londrina inaugurou ontem a sala de situação para realizar o monitoramento diário dos casos suspeitos na cidade. Para a secretária municipal de Saúde, Ana Olympia Veloso Marcondes Dornellas, os trabalhos vão tornar mais ágeis as ações de combate ao mosquito transmissor da dengue. Segundo ela, diariamente serão geradas informações, como o mapeamento das regiões da cidade mostrando onde estão os maiores índices de infestação. Dessa forma, as ações podem ser intensificadas de forma imediata nos locais mais críticos.

Londrina foi a única cidade do Paraná a registrar pacientes com complicações provocadas pela dengue neste ano. Foram 12 casos, sendo 11 de dengue com complicações e um de febre hemorrágica. A Secretaria Municipal de Saúde investiga se três mortes foram provocadas pela dengue. Os re­­sultados dos exames de laboratório devem ficar prontos em dez dias.

Risco

Os números da doença podem ficar ainda maiores no estado. Segundo Francisco Mendonça, do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o surto de dengue no estado, historicamente registrado entre meados de fevereiro e abril, está antecipado, o que favorece a epidemia. Mendonça diz que, nas duas últimas epidemias, em 2003 e 2007, o estado registrou mais de 100 casos por dia entre fevereiro e abril. "Neste ano, se as condições não melhorarem, o número de casos deve superar essa margem."

Com base na análise de dados como chuva, temperatura, umidade relativa do ar e ventos, o Sacden­gue – sistema desenvolvido por pesquisadores da UFPR – traça um perfil diário dos riscos de proliferação em diferentes regiões. O serviço aponta as condições ideais para a reprodução e dispersão do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue: a concentração de chuvas, aliada a temperaturas elevadas e ventos calmos. O mosquito, contudo, pode manter uma população considerável em estações menos chuvosas graças a caixas d’água, latões e pneus.

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