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Durante o mês de setembro, o número de atendimentos a pacientes com diarréia e náuseas nas unidades de saúde de Curitiba chegou a ser duas vezes maior do que o usual. Normalmente são atendidos cerca de 500 a 700 casos com esses sintomas a cada semana. No período de 10 a 19 de setembro, no entanto, foram registrados 1.333 casos. Embora na última semana o número já tenha caído para 1.074, as ocorrências ainda estão acima da média para esta época do ano.

O crescimento no número de casos levou a Secretaria Municipal de Saúde a iniciar um trabalho de coleta e investigação para tentar identificar o vírus que estaria causando os sintomas. De acordo com a diretora do Centro de Epidemiologia da secretaria, Karin Luhm, a suspeita é que se trate de um tipo de diarréia viral, comum nos meses de inverno. "Existe uma infinidade de vírus que causam esses sintomas, sendo o mais conhecido deles o rotavírus. O tratamento porém é sintomático e igual para a maioria deles", explica.

Segundo ela, o que chamou a atenção dessa vez foi o aumento do número de casos entre adultos. "Em geral, as crianças, principalmente as que têm menos de dois anos de idade, são as mais atingidas. O maior perigo está na desidratação", diz.

Karin explica que alguns exames necessários para a identificação do tipo do vírus são feitos apenas fora do Paraná, o que pode fazer com que os resultados levem até duas semanas para serem concluídos.

De acordo com a infectologista Marta Fragoso, responsável pelo serviço de infecção hospitalar do Hospital das Clínicas, as diarréias virais são transmitidas de duas formas: por meio das fezes do doente ou pelo ar, por meio de espirros ou tosse.

A principal maneira de evitar o contágio está na higiene pessoal e do ambiente. Lavar as mãos aos ir ao banheiro e antes de comer, lavar bem os alimentos e não compartilhar utensílios como talheres e copos são maneiras de evitar a contaminação.

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