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três dos cinco pacientes suspeitos de terem contraído meningite em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba (RMC), tiveram o diagnóstico confirmado ontem. Um menino de seis meses continua internado. A mãe da criança, que também foi diagnosticada com a doença, já foi liberada. Nos dois casos foi apontada a ocorrência de meningite viral. Outra criança que apresenta a variação mais grave da doença, a meningite meningocócica, saiu da UTI e passa bem.

Nos três casos as vítimas têm relação com o Centro de Educação Caíque, que tem 700 alunos. Ontem as aulas foram suspensas no local, mas, de acordo com a Secretaria de Educação de Almirante Tamandaré, a medida não tem relação com a doença. "A escola foi colocada à disposição da Justiça Eleitoral por causa das eleições", disse o secretário municipal de Educação, Romildo de Brito.

Segundo o secretário de Saúde do município, Nereu Colodel, assim que os casos foram confirmados foi feito o chamado bloqueio preventivo. Funcionários, colegas e familiares que tiveram contato com a mulher e as crianças doentes e apresentavam algum sintoma foram medicadas. "Casos de meningite são comuns nesta época do ano. É preciso tranqüilizar as pessoas de que não se trata de um surto", disse Colodel. O secretário de Educação informou que na segunda-feira as aulas serão retomadas.

Sintomas

A Secretaria de Estado da Saúde informou, por meio de uma nota, que está investigando os casos em Almirante Tamandaré. Desde o início do ano, 19 casos de meningite foram registrados no município. Foram oito casos de meningite viral, quatro de bacteriana, dois de pneumocócica, três de meningocócica e dois que estão sendo indentificados. No Paraná, foram registrados, até a última quinta-feira, 188 casos de meningite meningocócica, com 60 mortes. Em Curitiba e região metropolitana foram 88 casos, com nove óbitos.

A meningite se caracteriza pela inflamação na membrana que reveste o cérebro e é transmitida principalmente pela contaminação do ar. Entre os principais sintomas estão febre alta, dor de cabeça, vômitos, dificuldade para movimentar o pescoço e, em alguns casos, manchas vermelhas pelo corpo. De acordo com a médica infectologista responsável pelo serviço de infecção hospitalar do Hospital das Clínicas, Marta Fragoso, arejar o ambiente, fazer a higiene das mãos após usar o banheiro e evitar compartilhar objetos pessoais são maneiras de evitar a doença.

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