Central pode reduzir superlotação carcerária

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Em parceria com o Tribunal de Justiça, o governo do estado lançou a Central de Vagas do Sistema Penitenciário. Junto com as celas modulares, cujo primeiro lote com quatro unidades no Centro de Triagem 2 (CT 2), em Piraquara, foi entregue semana passada, a central vai auxiliar a amenizar a superlotação das delegacias.

O coordenador-geral do Departamento Penitenciário (Depen), Cezinando Paredes, explica que a central consiste em um programa de computador, desenvolvido pela Companhia de Informática do Paraná (Celepar), que permite aos juízes das varas de execuções penais averiguar em tempo real a disponibilidade de vagas nas penitenciárias, facilitando a transferência das delegacias. Sem a central, explica Paredes, os juízes tinham que aguardar informações por parte da direção das penitenciárias ou eles mesmos entrarem em contato com as unidades para averiguar a disponibilidade. "A rotatividade nas penitenciárias é muito grande. Portanto, a intenção é informar a disponibilidade de imediato, evitando a situação de ter as delegacias cheias com vagas livres no sistema penitenciário", afirma. Hoje, existem 14 mil vagas nas 24 penitenciárias do estado, todas ocupadas.

Paredes explica que os presos de Curitiba e das cidades maiores – onde há mais superlotação nas delegacias – terão prioridade. Além disso, os juízes darão preferência para que as transferências sejam feitas para presídios da mesma região onde mora a família do detento.

Celas modulares

Hoje, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) entrega o segundo lote das 61 celas modulares a serem instaladas no CT 2. Serão 20 celas, com capacidade total para 240 detentos. Elas serão ocupadas pelos presos do 11º Distrito Policial, no bairro Cidade Industrial de Curitiba. Com a carceragem destruída desde a última rebelião em janeiro, 27 detentos fugiram do 11º DP no último dia 23. À época, a delegacia tinha 148 presos em um espaço com capacidade para abrigar 40.