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Protesto em Curitiba, ontem, no dia do lançamento da campanha do Ministério do Turismo | Valterci Santos / Gazeta do Povo
Protesto em Curitiba, ontem, no dia do lançamento da campanha do Ministério do Turismo| Foto: Valterci Santos / Gazeta do Povo

Cerca de cem pessoas percorreram o calçadão da XV de No­­vembro em Curitiba, ontem, em uma manifestação em prol dos direitos das crianças e adolescentes e de combate à exploração sexual infantil. O protesto, que aconteceu simultaneamente nas cidades-sede da Copa de 2014, é ponto de partida para um processo de enfrentamento do problema visando ao Mundial. A manifestação também marcou o lançamento nacional da campanha do Ministério do Turismo que tem como lema "Um gol pelos direitos de criança e adolescentes. Exploração sexual não é turismo. É crime".

"Estamos adiantando em três anos essa mobilização para formar uma consciência, criar mecanismos de denúncia e fiscalização para garantir o combate para exploração na Copa [de 2014] e para além do Mundial", explica a coordenadora de organização protetiva da Secretaria de Estado da Criança e Juventude (SECJ), Aline Pedroso Fioravante.

A intenção, segundo os organizadores da campanha, é que a Copa de 2014 não seja um atrativo para o público que busca turismo sexual no país. "Queremos chamar a atenção que o Brasil é bom para o turismo não porque tem mulheres e crianças", afirma o secretário especial para assuntos da Copa, Algaci Túlio.

Em Brasília, a campanha também foi lançada ontem no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. De acordo com a coordenadora-geral do Programa Turismo Sustentável e Infância do Ministério do Turismo, Elisabeth Bahia, a campanha também estará nas mídias sociais. "Só no Twitter, por exemplo, temos mais de 6 mil seguidores desde a semana passada, quando começamos o trabalho." Elisabeth destacou ainda a importância do Disque-De­­núncia (100 ou 181). "Um alto número de denúncias não significa que determinado estado sofra mais com esse tipo de violência e sim que o trabalho e o número estão sendo bem divulgados." O serviço recebe, por dia, cerca de 90 denúncias de todo o país. Em Curitiba, a Rede de Pro­teção à Infância e Adolescência já identificou 66 pontos de exploração sexual infantil na cidade e tem articulado ações de combate. De acordo com a secretária Aline, a principal dificuldade é "fazer o flagrante" do crime.

A estudante de Goiânia Jéssica Xavier avalia que campanhas não são suficientes para inibir a exploração, mas um começo. "Re­­ceberemos muitos turistas que ainda acham que criança é produto de comércio."

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