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A Cesbe Engenharia e Empreendimentos, de Curitiba, responsável pela construção do anexo do Tribunal de Justiça, contestou o suposto superfaturamento apontado pela comissão de obras do TJ. "Se alguém quer criar algum fato com superfaturamento, escolheu a obra errada. É a mais barata do mercado", disse o diretor vice-presidente da empresa, Edmundo Talamini Filho. "O preço do metro quadrado de outros tribunais de Justiça que construímos com o mesmo padrão de qualidade, em Santa Catarina e Novo Hamburgo (RS), ficou acima de R$ 1,8 mil por metro quadrado. O nosso orçamento para a obra daqui ficou em cerca de R$ 1,5 mil."

Para Talamini, não se pode comparar o custo do prédio com o apontado pelo Custo Unitário Básico (CUB) da tabela do Sinduscon, como fez a comissão do TJ. "Não se trata de um prédio convencional", disse. Segundo ele, se retirados os custos de paisagismo, sistema de alarme contra incêndio, circuito interno de TV, elevadores, ar condicionado central e outros itens que não entram no CUB, o custo do metro quadrado ficaria em R$ 699 - inferior ao piso da tabela do Sinduscon à época, de R$ 723.

O engenheiro acrescentou que a Bonificação de Despesas Indiretas (BDI) cobrada na obra, de cerca de 26%, "é muito baixo, talvez o menor dos últimos dez anos da Cesbe". O BDI inclui seguros, impostos, custo de administração da obra, despesas financeiras, previsão inflacionária e o lucro da empreiteira – que "não passou de 5%", segundo Talamini. "Fizemos questão de apertar nosso lucro para fazer uma obra na nossa cidade. O prédio é um orgulho para nós. Estamos fazendo 60 anos, temos uma história, e não mancharíamos nosso nome com uma obra [irregular]". A Globo Engenharia foi procurada mas não se manifestou sobre o caso.

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