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Subiu para cinco o número de mortes em ocorrências provocadas pelas fortes chuvas no Rio. Neste domingo (13), bombeiros encontraram os corpos de dois homens que estavam desaparecidos desde a noite de sábado (12). Outra vítima morreu a caminho do hospital.

Pela manhã, foi localizado na avenida dos Italianos, em Rocha Miranda, o corpo de Luiz Carlos França, 57. Ele havia sido arrastado pela correnteza. Na Estrada da Gávea, bombeiros resgataram de um córrego o de Carlos Silva, 58.

Após sofrer um choque em meio a um alagamento na rua do Passeio, no centro, Edson Conceição, 59, chegou a ser socorrido, mas não resistiu e teve a morte confirmada antes de ser atendido no Hospital Souza Aguiar, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.

No sábado (11), duas pessoas morreram depois do desabamento de uma residência na comunidade Chácara do Céu, na zona sul. Uma delas, segundo a Defesa Civil, foi identificada como Luciano Modesto, 38, cujo corpo estava sob escombros.

Chuva forte

O município entrou em estágio de crise às 20h deste sábado (12). As regiões mais atingidas pela chuva foram a zona norte, zona sul e parte do centro. Durante todo o dia choveu o equivalente a 48% do que chove historicamente durante todo o mês de março na cidade, segundo informações do Centro de Operações da prefeitura.

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De acordo com o sistema Alerta Rio, entre 19h15 e 20h30, período em que a cidade entrou em estágio de crise, o maior registro de chuva foi no morro do Vidigal, com 106,4 milímetros. Na Rocinha, choveu 100,7% do que chove no mês todo nesta estação, com 105,2 milímetros. No Alto da Boa Vista, 96,1%, com 90,4 milímetros.

Chuva forte foi registrada até às 21h45, quando começou a diminuir. Sirenes soaram em 39 comunidades como alerta para o risco de deslizamento de terra.

Alagamentos

Durante a chuva, a região da Praça da Bandeira, na zona norte, que forma um dos principais acessos ao centro da cidade, voltou a ter as ruas alagadas mesmo depois da construção de um reservatório de águas pluviais com capacidade para 18 milhões de litros inaugurado pela prefeitura no fim de 2014.

O prefeito Eduardo Paes (PMDB), que utilizou o perfil no Instagram para pedir aos cariocas evitassem sair de casa, respondeu às críticas recebidas nos comentários sobre as obras realizadas nos pontos alagados. “Quando concluímos o piscinão da Praça da Bandeira e da praça Niterói, sempre deixei claro que eles fazem parte de um sistema que ainda não está totalmente concluído. A situação melhorou mas ainda não está resolvida. Faltam o piscinão da Vanhargem e a conclusão das obras de desvio do Rio Joana. Até lá sempre fui claro que alagamentos poderiam acontecer”, escreveu.

As zonas norte, sul e oeste registraram dezenas de pontos de alagamento. Bolsões de água se formaram e bloquearam o tráfego de veículos nas avenidas Epitácio Pessoa e Borges de Medeiros, situadas ao redor da Lagoa Rodrigo de Freitas.

No Baixo Gávea, tradicional ponto da boemia carioca, a água invadiu os restaurantes. Alguns clientes, mesmo cercados pela água, permaneceram em suas mesas com os pés levantados.

Segundo a Climatempo, a chuva forte no Rio de Janeiro começou às 19h40. A chuva ainda é reflexo da tempestade que causou mortes e desmoronamentos em São Paulo entre a noite de quinta-feira (10) e a madrugada de sexta (11). Segundo meteorologistas, no entanto, se comparadas com as chuvas em São Paulo, a tempestade deste sábado no Rio está mais fraca.

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