Preso ininterruptamente há mais de 34 anos, um dos criminosos mais conhecidos do País entre as décadas de 1960 e 1970, Francisco Costa Rocha, de 68 anos, o Chico Picadinho, poderá deixar a prisão em 90 dias. Ontem, o criminoso realizou uma série de exames psiquiátricos com profissionais do Instituto de Medicina Social e de Criminologia (Imesc).
Na avaliação, Chico Picadinho respondeu a um interrogatório apresentado pelo Ministério Público (MP). O laudo psicológico será encaminhado para um juiz, que vai avaliar se ele tem condições de voltar a conviver em sociedade.
Sob alegação de que o caso exige sigilo, Ministério Público, Imesc e Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) não confirmaram se Chico Picadinho realizou o exame. Três funcionários do Imesc, no entanto, confirmaram para a reportagem que o assassino passou pela bateria de avaliação.
Chico Picadinho foi condenado a 20 anos de prisão pela morte de uma garota de programa em São Paulo, em 1976. Ele já deveria ter sido libertado em 1998, mas o criminoso confesso continua preso no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Dr. Arnaldo Amado Ferreira, a Casa de Custódia de Taubaté, na região do Vale do Paraíba. De acordo com um decreto de 1934, assinado pelo então presidente Getúlio Vargas, psicopatas podem ser mantidos indefinidamente em estabelecimentos psiquiátricos para tratamento.
Antes de matar a garota de programa, Chico Picadinho havia assassinado uma bailarina austríaca na Rua Aurora, no centro de São Paulo, em 1966. A vítima foi estrangulada e teve o corpo retalhado em vários pedaços. Após ser condenado a mais de 20 anos de prisão, o criminoso foi colocado em liberdade, em 1974, por bom comportamento. Dois anos depois, no entanto, ele cometeu novo assassinato. Ele chegou a cursar a faculdade de Direito e na prisão é sempre visto lendo livros e pintando quadros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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